Produto químico pode ter causado morte de peixes em rios da região, dizem autoridades
- Talles Costa
- há 10 horas
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A mortandade de peixes registrada em diferentes pontos do Rio Paraopeba segue preocupando moradores e autoridades de Minas Gerais. Em nota oficial divulgada nesta semana, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) negou qualquer relação entre suas atividades e o episódio que voltou a abalar a confiança da população ribeirinha. As mortes começaram a ser notadas no último dia 5 de setembro e já provocam temor em cidades como Brumadinho, que dependem do rio para o abastecimento e ainda convivem com os impactos da tragédia da barragem da Vale.
De acordo com a Copasa, as apurações estão sendo conduzidas em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e a Polícia Militar de Meio Ambiente. A principal linha de investigação considera a hipótese de que um produto químico tenha sido lançado no rio durante a madrugada, desencadeando uma reação em cadeia no ecossistema aquático.
Para identificar a causa, amostras da água, dos sedimentos e dos próprios peixes mortos já foram coletadas. No entanto, os resultados laboratoriais devem demorar até dez dias para serem concluídos. Somente com os laudos será possível confirmar se houve envenenamento da fauna aquática.
As primeiras verificações apontaram que a região mais crítica se encontra próxima à foz do Rio Betim, de onde pode ter se espalhado a contaminação. Até lá, equipes técnicas seguem monitorando de forma constante os trechos afetados.
Enquanto aguardam a confirmação oficial sobre o que provocou a mortandade, autoridades reforçam a recomendação para que a população evite qualquer tipo de contato com a água contaminada. Em Brumadinho, o alerta gera ainda mais apreensão, já que o Paraopeba segue como símbolo de resistência e, ao mesmo tempo, de fragilidade ambiental desde o rompimento da barragem em 2019.
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