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Mesmo após duas datas de pagamento, auxílio emergencial não chega a centenas de beneficiários

  • Foto do escritor: Moisés Oliveira
    Moisés Oliveira
  • há 3 horas
  • 2 min de leitura

Centenas de pessoas que têm direito ao novo auxílio emergencial seguem sem receber a primeira parcela do benefício, mesmo após duas datas oficiais de pagamento, o que tem provocado revolta, insegurança e uma série de questionamentos entre os atingidos pelo rompimento da barragem da Vale. A redação do Portal Independente recebeu, nos últimos dias, inúmeras mensagens de moradores de Brumadinho e de outras cidades da Bacia do Paraopeba relatando que, até agora, nenhum valor foi creditado em conta, apesar de estarem habilitados para o recebimento.

O pagamento estava inicialmente previsto para o dia 17 de dezembro, data amplamente divulgada. Após falhas no repasse, uma nova tentativa foi realizada no dia 23 de dezembro, mas, ainda assim, muitos beneficiários afirmam que continuam sem qualquer retorno financeiro. As mensagens enviadas ao Portal relatam situações semelhantes: pessoas que conferiram dados bancários, aguardaram reprocessamentos e buscaram esclarecimentos, mas não obtiveram respostas concretas.

A situação se tornou ainda mais delicada diante da ausência de um posicionamento oficial da Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pela operacionalização do auxílio. Beneficiários relatam que os canais de atendimento não oferecem informações claras, limitando-se a respostas genéricas ou sem prazos definidos, o que aumenta a sensação de abandono entre os atingidos.

Outro fator que ampliou a indignação foi o encerramento dos postos de apoio presenciais. Sem o atendimento físico, muitas pessoas, especialmente idosos e moradores de áreas com acesso limitado à internet, afirmam estar completamente desamparadas. Para esses beneficiários, o fechamento dos postos eliminou a única alternativa de diálogo direto para esclarecer dúvidas sobre erros cadastrais, falhas bancárias ou a possibilidade de um novo reprocessamento dos pagamentos.

Em Brumadinho, onde o impacto da tragédia ainda marca profundamente a rotina da população, o atraso no auxílio é visto como mais um capítulo de desgaste emocional e financeiro. Famílias que contam com o recurso para despesas básicas, especialmente em um período tradicionalmente marcado por gastos de fim de ano, relatam frustração e insegurança diante da falta de previsibilidade.

As reclamações recebidas pelo Portal Independente também vêm de moradores de outros municípios da Bacia do Paraopeba, reforçando que o problema não é pontual nem restrito a uma única localidade. Em comum, os relatos apontam para a necessidade urgente de transparência, comunicação clara e uma solução definitiva para garantir que o benefício chegue, de fato, a quem tem direito.

Diante do cenário, a cobrança dos atingidos é por um posicionamento público da FGV, com explicações objetivas sobre os motivos dos atrasos, retomada dos atendimentos e definição de um cronograma confiável para a regularização dos pagamentos. Para quem vive há quase seis anos sob os efeitos da tragédia-crime, a demora no repasse do auxílio representa mais um peso em uma espera que já dura tempo demais.



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