Criança de 5 anos quebra o fêmur em parquinho de escola municipal e família denuncia negligência
- Talles Costa

- há 7 dias
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Na última terça-feira (18), uma menina de apenas cinco anos sofreu um grave acidente enquanto brincava no parquinho da EMEI Maria Coeli Afonso, localizada em Brumadinho. Segundo relato do pai à equipe do Portal Independente, a filha brincava no local sem a presença de um monitor, quando um outro aluno a empurrou com força, provocando uma queda. A criança quebrou o fêmur em duas partes, sendo necessário atendimento médico de urgência.
Ela foi levada inicialmente para a UPA de Brumadinho em uma ambulância que, segundo o pai, apresentava péssimas condições e, em seguida, transferida para o Hospital Regional de Betim, referência em traumas. No entanto, o drama não parou por aí. De acordo com o relato indignado do pai, a menina ficou por horas em um corredor do hospital, deitada de forma desconfortável sobre uma maca, com o corpo “torto”, recebendo medicação, mas ainda sentindo fortes dores.
Revoltado, o pai lamentou a ausência de um monitor escolar, que poderia ter evitado o acidente, e classificou como “inadmissível” o fato de uma cidade como Brumadinho, com tantos recursos, não investir adequadamente na segurança escolar. “Não é possível que nossas crianças sejam tratadas assim”, afirmou em desabafo à reportagem.

Quase sem suporte inicial, a indignação do pai aumentou após receber algumas ligações. Ele afirmou que representantes da saúde municipal chegaram a entrar em contato, mas não para oferecer assistência ou soluções, e sim para pedir que ele não publicasse o ocorrido nas redes sociais.
Procurado pela reportagem, o prefeito Gabriel Parreiras informou que tentou falar com o pai da criança e que chegou a receber uma mensagem de áudio que foi apagada em seguida. Segundo o prefeito, as tentativas de ligação entre ambos não tiveram êxito, pois “um ligava e o outro não atendia”. O prefeito ainda mencionou seguir à disposição da família para medicamentos, instrumentos e demais cuidados, além das Secretarias de Educação e de Saúde para total suporte.
A criança foi operada na quinta-feira (20) pelo corpo médico do Hospital Regional de Betim, recebeu alta hospitalar e se recupera em casa. Ainda segundo o pai, o Conselho Tutelar ainda não se manifestou sobre o caso.
O caso levanta questões urgentes sobre a ausência de monitores nas escolas municipais, a qualidade da assistência emergencial prestada às crianças e o suporte da rede pública de saúde e educação em situações graves como essa. Até o momento, não houve manifestação oficial do Executivo, da Saúde e nem da Secretaria de Educação sobre o ocorrido ou previsão de mudança ou acréscimo no quadro de profissionais nas unidades escolares. O Portal Independente segue acompanhando o caso e cobrando providências das autoridades responsáveis.



















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