top of page

Atingidos por Brumadinho bloqueiam ferrovia e exigem retomada do PTR em Mário Campos

  • Foto do escritor: Moisés Oliveira
    Moisés Oliveira
  • há 34 minutos
  • 2 min de leitura
Foto: MAB
Foto: MAB

Atingidos pela tragédia-crime de Brumadinho realizaram, nesta terça-feira, uma manifestação em Mário Campos, bloqueando a linha férrea da MRS Logística, utilizada por diversas mineradoras — entre elas, a Vale. O protesto, que reuniu moradores de várias comunidades da região atingida pelo rompimento da barragem em 2019, teve como principal pauta a retomada do Programa de Transferência de Renda (PTR), benefício que foi encerrado neste mês de outubro e representa fonte de sustento fundamental para milhares de famílias.

Os manifestantes ocuparam a ferrovia com faixas, cartazes e depoimentos cobrando avanços concretos na reparação dos danos causados pela tragédia que matou 272 pessoas e destruiu comunidades inteiras. Além da retomada do PTR, os atingidos exigem a manutenção da Assessoria Técnica Independente pela Aedas, ampliação do alcance das indenizações e maior participação popular nas decisões sobre o processo de reparação, que alegam estar sendo conduzido sem ouvir adequadamente quem foi diretamente afetado.

“O clima é de muita indignação, porque o PTR foi cortado neste mês de outubro. No mês que vem, o pessoal não vai mais receber esse recurso, que é uma forma de mitigação. É um valor que as famílias utilizam basicamente para sobreviver”, declarou Guilherme Camponêz, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), reforçando que o corte do benefício intensificou a sensação de abandono entre os atingidos.

O protesto foi pacífico, porém firme, e interrompeu temporariamente a passagem de composições ferroviárias. Representantes do movimento afirmam que novas mobilizações já estão sendo planejadas, inclusive em Belo Horizonte, nos próximos dias, caso não haja resposta das instituições responsáveis pela reparação.

A manifestação reacende o debate sobre a efetividade e a continuidade das políticas de reparação social e econômica após quase seis anos da tragédia de Brumadinho, com moradores ainda enfrentando impactos profundos em sua renda, saúde mental, segurança territorial e modos de vida. O corte do PTR é visto como um retrocesso que ameaça a estabilidade das famílias, especialmente nas áreas rurais e ribeirinhas.

Comentários


Anuncie Apoio_edited.jpg
Anúncio quadrado - Independente (3).png
Anúncio quadrado - Independente.png
bottom of page