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Mau hálito em pets pode indicar doenças graves, alertam veterinários

  • Foto do escritor: Talles Costa
    Talles Costa
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura
Foto - Petz
Foto - Petz

O mau hálito em animais de estimação, conhecido tecnicamente como halitose, pode representar muito mais do que um simples incômodo, servindo como primeiro sinal de alerta para doenças bucais graves e até mesmo problemas sistêmicos em órgãos vitais. Especialistas em odontologia veterinária alertam que o odor desagradável persistente na boca de cães e gatos frequentemente indica o desenvolvimento de doenças periodontais que, quando não tratadas adequadamente, podem evoluir para infecções que atingem coração, fígado e rins, comprometendo seriamente a qualidade de vida dos animais.

De acordo com pesquisa publicada na Scientific Electronic Archives, a doença periodontal se configura como a principal origem do mau hálito em cães. O processo ocorre através da decomposição bacteriana de restos alimentares e tecidos bucais, que liberam compostos sulfurados voláteis como o sulfeto de hidrogênio. Essas substâncias são produzidas por bactérias anaeróbias que se acumulam nas gengivas e entre os dentes dos animais, formando placas bacterianas que podem evoluir para tártaro e infecções mais sérias.

Para os tutores de animais em Brumadinho, a prevenção começa com medidas básicas de higiene bucal. A Associação Brasileira de Odontologia Veterinária recomenda a escovação regular dos dentes dos pets, utilizando produtos específicos para uso animal, pelo menos três vezes por semana. Essa prática, quando associada a uma alimentação adequada com rações que contenham partículas de limpeza e a mastigáveis dentais, ajuda significativamente na redução do acúmulo de tártaro e no controle dos compostos responsáveis pelo odor desagradável.

O médico-veterinário Marco Croft ressalta que a identificação precoce da halitose é fundamental para prevenir o agravamento de condições de saúde nos animais. "Identificar a halitose precocemente é uma forma de prevenção de doenças mais graves e de promoção do bem-estar animal", afirma o especialista, destacando que a atenção diária dos tutores, aliada à higiene adequada e avaliação profissional regular, constitui o caminho mais seguro para garantir a saúde bucal e geral dos pets.

Segundo o dentista-veterinário Marco Antonio Leon-Roman, membro da ABOV, é um equívoco comum entre os donos de animais adiar o tratamento odontológico sob a justificativa de esperar o problema "juntar mais" para então procurar ajuda especializada. O profissional explica que o mau hálito não se trata de uma questão meramente estética, mas sim um indicativo clínico importante. "A maioria das doenças orais têm progressão rápida e silenciosa e só pode ser detectada precocemente com a inspeção da boca por um médico-veterinário ou tardiamente pelos tutores", esclarece.

Consultas veterinárias periódicas fazem diferença significativa na saúde bucal dos animais, uma vez que procedimentos como limpeza profissional e aplicação de produtos específicos já demonstraram, em estudos científicos, capacidade de reduzir consideravelmente os compostos sulfurados responsáveis pelo mau hálito. Em Brumadinho, onde muitos lares convivem com animais de estimação, a conscientização sobre esses cuidados preventivos pode representar economia em tratamentos futuros e, principalmente, maior qualidade de vida para cães e gatos.

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