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Gripe cresce 375% entre idosos e vacinação segue abaixo da meta em Minas

  • Foto do escritor: Guilherme Almeida
    Guilherme Almeida
  • 19 de mai.
  • 3 min de leitura
Foto - Daniel Castellano
Foto - Daniel Castellano

O avanço precoce das síndromes respiratórias em Minas Gerais preocupa autoridades de saúde e exige atenção imediata também em Brumadinho. Com a aproximação do inverno, que começa oficialmente em 20 de junho, o Estado já registra uma explosão de internações e óbitos relacionados a doenças como gripe, pneumonia e Covid-19. Até o dia 7 de maio, foram mais de 29 mil internações, o que levou o governo estadual a decretar emergência em saúde pública por 180 dias. A situação reflete um cenário alarmante, com um crescimento de 375% nas mortes de idosos por gripe em relação a 2023, além de um aumento de 4,6% no número de casos respiratórios em geral.

A medida do governo estadual foi acompanhada por municípios como Belo Horizonte, Contagem, Betim e Santa Luzia, que também decretaram emergência para tentar conter o avanço da crise. O número crescente de hospitalizações levou ao esgotamento da capacidade de atendimento do SUS em diversas cidades, impactando diretamente a rede de saúde pública, especialmente para os públicos mais vulneráveis.


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Em Brumadinho, onde parte significativa da população é idosa e dependente do atendimento básico, o cenário serve de alerta para a necessidade de prevenção. A vacinação contra a gripe, uma das principais armas contra o vírus Influenza, está disponível para todos os públicos no município, mas ainda enfrenta baixa adesão. Em todo o Estado, a taxa de imunização está abaixo de 36%, enquanto a meta é de 90%.

A baixa cobertura vacinal, aliada à circulação de cepas mais agressivas do vírus, contribui para o agravamento do quadro. Especialistas alertam que a desinformação sobre a segurança das vacinas e a falta de campanhas eficazes de conscientização dificultam a ampliação da imunização. A realização de ações em escolas e centros comunitários pode ser uma alternativa para elevar os índices e proteger a população.

Além dos idosos, crianças também estão entre os grupos mais vulneráveis. Em um caso recente que chocou a região metropolitana de Belo Horizonte, uma menina de apenas 1 ano morreu enquanto aguardava vaga em um leito hospitalar. O episódio expõe a gravidade do momento e reforça a necessidade de mobilização urgente de toda a sociedade.

O número de mortes por gripe em idosos saltou em Belo Horizonte, por exemplo, de quatro em 2023 para 22 em 2024, um aumento de 450%. A letalidade também cresceu, de 23,1% para 24,1%. Em todo o Estado, o número de óbitos na mesma faixa etária mais que quadruplicou. Esse crescimento drástico reforça que a gripe é uma doença grave, mas evitável — desde que a população seja imunizada adequadamente.

Histórias como a da dona Efigênia, moradora da região metropolitana que faleceu por complicações da gripe após não ter se vacinado, servem de alerta para famílias brumadinhenses. A negligência, mesmo que involuntária, pode ter consequências fatais. A recomendação das autoridades de saúde é clara: todos devem buscar a vacinação o quanto antes e redobrar os cuidados, como uso de máscara em locais fechados, lavagem frequente das mãos e atenção aos sintomas respiratórios.

Com o sistema de saúde sob pressão, a única maneira de reduzir hospitalizações e salvar vidas é apostar fortemente na prevenção. Brumadinho já disponibiliza a vacina contra a gripe em suas unidades de saúde, e é essencial que a população compareça e ajude a conter o avanço das doenças respiratórias na cidade.

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