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Comissão da ALMG visitará comunidade quilombola para avaliar danos ambientais e sociais em Brumadinho

  • Foto do escritor: Guilherme Almeida
    Guilherme Almeida
  • 13 de ago.
  • 2 min de leitura
Foto: Arquivo ALMG
Foto: Arquivo ALMG

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizará uma visita à comunidade quilombola Família Sanhudo, em Brumadinho, na próxima segunda-feira (18), para investigar denúncias de violações de direitos humanos causadas pela atividade mineradora na região. A comissão, acompanhada de autoridades federais e locais, avaliará os impactos ambientais e sociais enfrentados pelos moradores, que há gerações vivem no território e agora enfrentam a degradação de suas fontes de água e qualidade de vida devido à expansão da mineração. O quilombo, reconhecido oficialmente em abril deste ano, alega que os resíduos da tragédia da barragem de Córrego do Feijão, em 2019, continuam afetando suas terras.

Localizado no Povoado de Tejuco, o Quilombo Família Sanhudo preserva uma história de três séculos, mas vê seu modo de vida ameaçado pela contaminação do solo e dos rios. Os moradores relatam que a lama tóxica do desastre da Vale, somada às operações atuais de mineração, comprometeu suas plantações, a pesca e o abastecimento de água. Apesar do certificado da Fundação Cultural Palmares, que atesta sua importância histórica, a comunidade luta por medidas concretas para garantir condições dignas de sobrevivência. A visita da ALMG incluirá a presença de representantes da Palmares, do Ministério Público Federal e de lideranças quilombolas, que pressionam por respostas das empresas e do poder público.

Para os brumadinhenses, a situação do quilombo reflete um problema maior: os conflitos entre o desenvolvimento econômico e a preservação de comunidades tradicionais. Brumadinho, ainda marcada pela dor do rompimento da barragem, agora enfrenta o desafio de equilibrar a geração de empregos ligados à mineração com a proteção de seus territórios ancestrais. A comissão promete elaborar um relatório com recomendações para mitigar os danos, mas os quilombolas exigem ações imediatas, como a descontaminação das águas e a garantia de seus direitos territoriais. Enquanto isso, a Vale, questionada sobre as acusações, afirma monitorar a região, mas os moradores cobram transparência e reparação efetiva.


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