Vale detalha ações de recuperação no Rio Paraopeba em resposta ao Portal Independente
- Talles Costa
- 4 de jul.
- 3 min de leitura

Em nota enviada ao Portal Independente, após a publicação de uma matéria sobre a visita do Prefeito Gabriel Parreiras ao Rio Paraopeba, publicada nesta semana, a Vale detalhou as ações que vêm sendo desenvolvidas no rio desde 2019, após o rompimento da barragem B1, no Córrego do Feijão, em Brumadinho. A empresa reforçou que realiza monitoramento contínuo da qualidade da água e que todas as intervenções seguem critérios técnicos e são acompanhadas por órgãos ambientais e pela Auditoria Técnica Independente, prevista no Acordo Judicial de Reparação Integral.
Segundo a mineradora, menos de 10% dos rejeitos do rompimento atingiram o leito do Paraopeba, e medidas emergenciais foram adotadas desde o primeiro momento para conter o avanço do material. Uma das principais ações citadas foi a construção, ainda em 2019, da Estação de Tratamento de Água Fluvial (ETAF), que já teria devolvido mais de 72 bilhões de litros de água tratada ao rio.
A Vale afirma que os dados de monitoramento indicam melhora progressiva na qualidade da água, com indicadores semelhantes aos registrados antes do rompimento, especialmente durante o período seco. A empresa também destaca que estudos apontam condições similares de saúde e reprodução de peixes entre áreas atingidas e não atingidas.
Sobre as imagens divulgadas recentemente que mostram trechos do rio ainda com acúmulo de rejeitos, a Vale declarou ter interesse em conhecer os métodos e análises utilizados nessas coletas. Segundo a empresa, os resultados apresentados contrastam com dados produzidos por diversas instituições, incluindo o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).
Em relação à retirada dos rejeitos, a mineradora explicou que a estratégia é baseada no mapeamento das áreas com maior concentração, e não em uma dragagem linear ao longo de todo o curso do rio. De acordo com a nota, a maior parte dos rejeitos permaneceu na sub-bacia do Ribeirão Ferro-Carvão, onde 89% já foram removidos. No Paraopeba, cerca de 32% do volume identificado está nos dois primeiros quilômetros, área que atualmente concentra as atividades de remoção, com previsão de conclusão até 2025.
A empresa também informou que, no segundo semestre de 2024, foram adotadas novas estratégias e tecnologias que permitiram acelerar o processo de dragagem, com base em critérios técnicos e ambientais reavaliados.
Por fim, a Vale destacou que todos os estudos e ações em andamento são auditados e fiscalizados por instituições públicas e de Justiça, e que os dados e avanços podem ser acompanhados pela população por meio do Comitê Pró Brumadinho. A empresa reafirmou seu compromisso com a reparação integral e com a transparência no andamento dos trabalhos.
Confira a nota na íntegra
Desde 2019, a Vale faz o monitoramento amplo e contínuo da água do Rio Paraopeba e adota ações para a remoção de rejeitos. Todas as etapas desse trabalho são previamente avaliadas, e os projetos são auditados e fiscalizados cotidianamente pelos órgãos ambientais e pela Auditoria Técnica Independente, em nome dos Compromitentes do Acordo Judicial de Reparação Integral.
Menos de 10% dos rejeitos provenientes do rompimento da barragem B1 atingiram o rio. Desde o primeiro momento, a empresa atuou para conter este material evitando que maior quantidade de rejeitos chegasse ao Paraopeba. Neste contexto, foi construída pela Vale, ainda em 2019, uma Estação de Tratamento de Água Fluvial (ETAF), que já devolveu mais de 72 bilhões de litros de água limpa ao rio.
O programa de monitoramento indica melhora progressiva na qualidade da água do rio Paraopeba, com resultados similares aos registrados tanto antes do rompimento, especialmente no período seco, quanto em trechos localizados em regiões não atingidas do rio Paraopeba. Além disso, a saúde dos peixes e sua capacidade de reprodução são semelhantes em áreas afetadas e não afetadas pelo rompimento.
A Vale esclarece ainda que tem interesse em conhecer os métodos e análises de amostras citadas no vídeo. Pelo que foi exibido, ainda que superficialmente, os resultados contrapõem inúmeras análises realizadas pela empresa, auditadas e fiscalizadas pelos órgãos competentes, e os dados gerados pelo próprio Instituto de Gestão das Águas (Igam).
Outra informação citada e que cabe esclarecer diz respeito à remoção dos rejeitos. Esse trabalho baseia-se no mapeamento dos locais onde há maior volume concentrado, seguido da sua retirada, e não de maneira linear ao longo do rio.
A maior parte do rejeito ficou na sub-bacia do Ribeirão Ferro-Carvão, e 89% já foram removidos. Da parcela que chegou ao Rio Paraopeba, o maior volume - 32% - está nos primeiros dois quilômetros, onde está concentrada a operação atual e que estará concluída em 2025. No segundo semestre de 2024 os critérios técnicos e ambientais de dragagem foram reavaliados resultando na definição de novas estratégias e equipamentos, que têm permitido avanço no processo de dragagem.
Por último, cabe destacar que todos os estudos já realizados e em andamento, assim como os resultados já disponíveis, são auditados e aprovados pelos Órgãos Competentes, Auditoria e Instituições de Justiça, que atestam, inclusive, no site do Comitê Pró Brumadinho, as melhorias e avanços ora citados.
Comentarios