Rua Cravo Vermelho, no Bela Vista, começa a ser asfaltada após anos de esquecimento

A pavimentação da rua Cravo Vermelho, no bairro Bela Vista, vem sendo celebrada pelos moradores como uma conquista histórica. Após anos de espera e promessas frustradas, a obra finalmente saiu do papel e já está em andamento. A via tem grande importância para as famílias que ali vivem, e há muito tempo enfrentavam transtornos causados pela poeira na seca e pelo barro no período chuvoso.

Com cerca de 500 metros de extensão, a rua liga a avenida Nossa Senhora do Carmo até a região próxima à linha férrea, na estrada que leva aos Pires. Embora não tenha tráfego intenso de veículos, a pavimentação representa qualidade de vida para os moradores, que relatam ter sido ignorados por diversas gestões anteriores. “Não existe outra explicação, era pura politicagem. Várias ruas da cidade ganharam asfalto novo, até mesmo onde já havia, mas a nossa sempre ficava de fora”, comentou uma moradora.

A execução da obra acontece com a aplicação do maquinário pesado e, nesta semana, o solo passou por processo de compactação com uso de rolo compressor. A expectativa é que a massa asfáltica seja aplicada nas próximas etapas, concluindo a pavimentação ainda nas próximas semanas, segundo previsão de técnicos no local.

O atual prefeito, Gabriel Parreiras, foi um dos principais defensores da obra quando ainda atuava como vereador. Durante seu mandato no Legislativo (2021–2024), ele protocolou sete ofícios e dois requerimentos cobrando a pavimentação da via, além de insistir verbalmente em diversas reuniões e sessões. Nada foi atendido à época, segundo ele.

Hoje no comando da Prefeitura, Gabriel assinou a ordem de serviço que deu início à obra. A rua, inclusive, tem uma ligação pessoal com o gestor: recentemente, ele adquiriu um imóvel no local que pertencia a seu tio — figura bastante conhecida na comunidade e que, segundo moradores, foi vítima de perseguição política, um dos fatores que teriam influenciado na demora da pavimentação.

A intervenção representa mais do que infraestrutura: para os moradores, é o reconhecimento de uma demanda legítima, por muito tempo ignorada. O sentimento é de gratidão e esperança por dias melhores para o bairro.