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Representantes globais visitam local da tragédia para repensar mineração até 2030

  • Foto do escritor: Talles Costa
    Talles Costa
  • há 13 horas
  • 2 min de leitura
Foto - Olhar Infinito
Foto - Olhar Infinito

O Memorial Brumadinho receberá nesta sexta-feira (31) a visita da Comissão Global de Investidores em Mineração 2030, iniciativa internacional que busca construir um novo paradigma para a atividade mineral em todo o mundo, acompanhada por representantes do Ministério Público de Minas Gerais, da empresa AECOM e do Banco Fator. A comitiva conhecerá o espaço inaugurado em janeiro de 2025 que homenageia as 272 vítimas do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, transformando a memória da tragédia em instrumento de reflexão sobre práticas minerárias responsáveis. Para a comunidade brumadinhense, a visita representa o reconhecimento internacional do memorial como símbolo da luta por justiça e da construção de um futuro onde a mineração respeite direitos humanos e limites ambientais.

A iniciativa Mining 2030 reúne investidores globais comprometidos com a redefinição dos parâmetros da atividade mineral até o final desta década, alinhando-se com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A escolha de Brumadinho como um dos locais a serem visitados demonstra a relevância da tragédia ocorrida em 2019 no debate internacional sobre os rumos da mineração. A comitiva terá a oportunidade de compreender in loco as consequências humanas e ambientais de um desastre que marcou profundamente não apenas o município, mas todo o setor mineral brasileiro.

Durante a visita, os participantes acompanharão uma apresentação detalhada sobre o processo de concepção e gestão independente do memorial, que surgiu a partir das reivindicações das famílias das vítimas organizadas na Avabrum. Fabíola Moulin, Diretora Presidente da Fundação Memorial de Brumadinho, enfatiza que o espaço transcende sua função de local de memória para se tornar um centro de transformação e debate sobre a relação entre ser humano e território. "Não há futuro sustentável sem memória, nem justiça social sem justiça ambiental", destaca a gestora.

A presença da AECOM, empresa responsável pela auditoria socioambiental independente das ações emergenciais pós-rompimento, e do Ministério Público mineiro, que acompanha o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta firmado com a Vale, reforça o caráter técnico e institucional da visita. Essas entidades têm acompanhado de perto as medidas de reparação e monitoramento ambiental na região, trazendo uma perspectiva concreta sobre os desafios pós-tragédia enfrentados pela população brumadinhense.

Para Brumadinho, a visita simboliza a projeção internacional de sua história como alerta vivo sobre os riscos de uma mineração conduzida sem os devidos cuidados com a vida e o meio ambiente. O memorial se consolida como espaço pedagógico capaz de influenciar as discussões globais sobre o futuro da atividade mineral, garantindo que as vozes das vítimas e as lições da tragédia ecoem além das fronteiras municipais e estaduais, inspirando a construção de um setor mineral verdadeiramente sustentável e ético.

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