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Polícia Civil bloqueia R$ 50 milhões e desmantela rede de tráfico de luxo em Brumadinho e região

  • Foto do escritor: Moisés Oliveira
    Moisés Oliveira
  • 13 de nov.
  • 2 min de leitura
Foto: Divulgacão
Foto: Divulgacão

Uma megaoperação da Polícia Civil de Minas Gerais, batizada de “Crème de la Crème”, desmantelou uma sofisticada rede de tráfico de drogas sintéticas e de alto valor que atuava em Brumadinho e em outras cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação, deflagrada na manhã desta quinta-feira (13), cumpriu 27 mandados de busca e apreensão e bloqueou cerca de R$ 50 milhões em bens e valores pertencentes aos suspeitos. A investigação aponta que imóveis em Brumadinho eram utilizados como pontos estratégicos para o armazenamento e a distribuição de drogas voltadas a um público de alto poder aquisitivo.

Conduzida pelo Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), por meio da 2ª Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico (2ª Decna), a operação mobilizou cerca de 150 policiais civis em ações simultâneas em Brumadinho, Belo Horizonte, Betim, Contagem, Esmeraldas, Nova Lima, Sarzedo e Pará de Minas. Em Brumadinho, os agentes localizaram cerca de 12 quilos de skunk, uma variação da maconha conhecida pelo alto teor de THC e preço elevado no mercado ilegal.

De acordo com as investigações, a quadrilha mantinha uma estrutura empresarial para gerenciar o tráfico. Os entorpecentes eram importados e distribuídos em pequenas quantidades para revenda em festas, condomínios e eventos particulares, principalmente em áreas nobres da Grande BH. O grupo também atuava com ecstasy e haxixe, drogas que, segundo a Polícia Civil, tinham alto grau de pureza e valor de revenda acima da média.

A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 50 milhões em bens, veículos e contas bancárias ligadas aos investigados, com o objetivo de desarticular o fluxo financeiro e impedir novas movimentações suspeitas. Parte do dinheiro era disfarçada em negócios de fachada e investimentos em empresas registradas em nome de terceiros. Duas pessoas foram presas em flagrante durante as diligências — ambas suspeitas de integrar o núcleo de logística e armazenamento da organização.

Segundo informações apuradas, os investigadores vinham monitorando o grupo havia quatro meses. Nesse período, foram descobertos imóveis em Brumadinho e outras cidades usados para estocar e fracionar as drogas antes da redistribuição. As autoridades classificaram o caso como um dos maiores esquemas de tráfico de luxo já desarticulados em Minas Gerais, com influência direta no consumo de drogas em ambientes de alto padrão.

Para os moradores de Brumadinho, a notícia traz alívio, mas também preocupação com a crescente presença de grupos ligados ao tráfico na cidade, que já enfrenta desafios complexos de segurança pública e sociais desde o rompimento da barragem da Vale, em 2019. A Polícia Civil reforçou que novas etapas da operação estão previstas e que os materiais apreendidos passarão por perícia técnica e auditoria financeira detalhada.

O balanço final da operação e os nomes dos investigados só serão divulgados após a conclusão dos laudos. A corporação destacou que o objetivo é enfraquecer economicamente o tráfico de alto padrão e impedir que redes criminosas continuem usando cidades do entorno de Belo Horizonte, como Brumadinho, como bases logísticas.

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