
Uma família de Brumadinho denuncia a demora no atendimento a um paciente com sintomas de AVC na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Segundo os familiares, o homem chegou ao local no início da tarde e só teve exames confirmando o diagnóstico várias horas depois. Além disso, a ausência de um neurologista na unidade gerou preocupação, já que o paciente foi liberado sem avaliação especializada e só teria consulta marcada para mais de uma semana depois. Diante da insistência da família, a equipe médica voltou atrás e decidiu mantê-lo internado. A UPA afirmou que seguiu todos os protocolos necessários para o caso.
De acordo com o relato de uma sobrinha do paciente, ele deu entrada na unidade por volta das 14h35, sendo encaminhado para triagem cerca de 30 minutos depois. Na avaliação inicial, a pressão arterial já estava elevada, registrando 17/3, e os sintomas indicavam um possível Acidente Vascular Cerebral. No entanto, os exames só foram adiantados após três horas e meia de espera, com a intervenção da responsável pela unidade, e o resultado que confirmou o AVC saiu por volta das 22h.
A família questiona, principalmente, a falta de atendimento especializado imediato. A sobrinha do paciente relatou que ele recebeu alta sem passar por um neurologista e que a consulta só estava marcada para o dia 17 de março. “Se ele estava internado, por que não foi avaliado pelo neurologista que estará no hospital na próxima segunda-feira?”, questionou. Diante da insistência da família, a equipe decidiu manter o paciente internado, mas ainda sem previsão de avaliação neurológica antecipada.
Segundo a coordenação da UPA, o paciente já vinha apresentando sintomas há 20 dias antes de procurar atendimento e que todos os procedimentos cabíveis foram seguidos. Foi informado ainda que uma tomografia já foi realizada e uma nova está programada para ocorrer dentro de 48 horas, conforme protocolo médico.
O caso reacende a preocupação dos moradores sobre a estrutura do atendimento neurológico na rede pública de saúde de Brumadinho. Familiares do paciente e outros cidadãos reforçam a necessidade de especialistas disponíveis na UPA ou uma maior agilidade na transferência de casos graves para hospitais que possam oferecer suporte adequado.
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