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Mulher é resgatada após 15 dias em cárcere privado em Brumadinho

  • Foto do escritor: Moisés Oliveira
    Moisés Oliveira
  • há 4 horas
  • 2 min de leitura


Foto: Divulgacão
Foto: Divulgacão

Uma ação da Polícia Militar realizada nesta terça-feira (4) no Parque da Cachoeira, em Brumadinho, resultou na prisão de um homem acusado de manter sua companheira em cárcere privado por cerca de quinze dias. Além do sequestro, a mulher relatou ter sido vítima de agressões físicas, abuso sexual, violência psicológica e ameaças constantes durante todo o período. O caso, que choca pela brutalidade e duração do crime, reacende o debate sobre a urgência de políticas de enfrentamento à violência contra a mulher no município.

A Polícia Militar foi acionada via COPOM, com denúncia sobre a possível ocorrência de cárcere privado. Chegando ao local, a guarnição cercou a residência apontada e aguardou. O suspeito saiu do imóvel e foi imediatamente abordado. Ao ser questionado sobre a presença de mais alguém na casa, afirmou que estava com sua namorada. Logo em seguida, a vítima – visivelmente abalada – deixou o imóvel e sinalizou discretamente com o gesto internacional de pedido de socorro, conhecido por ser utilizado em situações de violência e abuso.

Com a confirmação do crime em andamento, o suspeito recebeu voz de prisão e foi algemado. A mulher relatou às autoridades que vinha sendo mantida presa há cerca de duas semanas, privada de liberdade, submetida a constantes agressões e a atos sexuais forçados, além de ter sofrido danos patrimoniais. Após o resgate, ela foi encaminhada para atendimento médico e psicológico.

O autor, cuja identidade não foi divulgada, foi levado para a Delegacia de Plantão, onde prestou depoimento e foi autuado pelos crimes de cárcere privado, estupro, lesão corporal e ameaça. O caso será investigado pela Polícia Civil e deve ser encaminhado ao Ministério Público para denúncia formal.

A violência contra a mulher segue sendo um problema recorrente em Brumadinho e em todo o país. Situações como essa evidenciam a importância de manter canais de denúncia acessíveis, ao mesmo tempo em que reforçam a necessidade de amparo às vítimas, que muitas vezes têm medo de buscar ajuda ou não sabem como agir.

A comunidade do Parque da Cachoeira, assim como toda a cidade, acompanha o caso com indignação e preocupação, reafirmando a urgência de fortalecer ações preventivas, educativas e de proteção à mulher. A espada da lei precisa ser firme, mas o amparo social também deve ser ampliado, para que esses pedidos silenciosos de socorro nunca mais passem despercebidos.

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