'A alta da Selic: o que muda para o bolso dos brasileiros?'
- Redação Portal Independente
- 17 de fev.
- 2 min de leitura

A taxa Selic, principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação, voltou a subir. Mas, afinal, o que essa mudança significa para as pessoas, empresas, o mercado de crédito, os investimentos e a economia como um todo?
O que é a Selic e como ela funciona?
A Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela influencia todas as outras taxas do mercado, como as cobradas em empréstimos, financiamentos e os rendimentos de aplicações financeiras. Quando a inflação está alta, o Banco Central tende a elevar a Selic para encarecer o crédito e desestimular o consumo, ajudando a frear a alta dos preços. Por outro lado, quando a economia precisa de estímulos, a Selic pode ser reduzida para incentivar o consumo e os investimentos.
Impactos no crédito e no consumo
Com a alta da Selic, os juros dos financiamentos e empréstimos sobem, tornando mais caro o crédito para pessoas e empresas. Isso significa que quem pretende comprar um carro, um imóvel ou parcelar compras no cartão de crédito pode encontrar taxas mais elevadas. Para as empresas, captar recursos para investir e expandir seus negócios também se torna mais oneroso, o que pode afetar o crescimento econômico.
Efeito nos investimentos
A valorização dos investimentos de renda fixa é um dos principais efeitos da alta da Selic. Aplicações como Tesouro Selic, CDBs, LCIs e LCAs tendem a oferecer retornos mais atrativos, tornando-se uma alternativa mais segura e rentável para os investidores. Já no mercado de ações, a tendência é de maior volatilidade, pois os investidores podem migrar para ativos de renda fixa devido à melhor remuneração e menor risco.
O que acontece com a poupança?
A caderneta de poupança, que possui uma regra de rendimento atrelada à Selic, passa a oferecer uma rentabilidade maior quando a taxa ultrapassa 8,5% ao ano. Nesse cenário, a poupança passa a render 0,5% ao mês + Taxa Referencial (TR). Apesar do aumento na rentabilidade, ainda existem opções de investimento mais vantajosas no mercado.
Reflexos na economia
Com a alta dos juros, o consumo tende a desacelerar, e as empresas podem reduzir investimentos e contratações. Isso pode gerar um crescimento econômico mais lento no curto prazo, mas tem como objetivo principal controlar a inflação e manter o poder de compra da população a longo prazo.
A elevação da Selic impacta toda a economia, desde o consumo até os investimentos. Para os brasileiros, esse é um momento de cautela na tomada de crédito e de revisão das estratégias de investimento. Manter um planejamento financeiro sólido é essencial para atravessar esse período de forma equilibrada.
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Tiago Paiva Barbosa
Especialista em investimentos na Valor Investimentos
31 9 9512-3722 | www.tiagoeducafinanceiro.com.br
tiago.barbosa@valorinvestimentos.com.br
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