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Um mineiro morre a cada 29 horas por Covid e especialistas cobram reforço na imunização

  • Foto do escritor: Talles Costa
    Talles Costa
  • 2 de mai.
  • 2 min de leitura
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Municípios da Grande BH enfrentam neste outono uma elevação preocupante nos casos de doenças respiratórias, com destaque para a Covid-19, que ainda registra óbitos com frequência no estado. Mesmo com a vacina disponível em unidades de saúde, apenas 43,98% da população completou o esquema com doses monovalentes, enquanto a cobertura da bivalente é ainda menor: somente 19,27% dos mineiros tomaram essa dose adicional. Especialistas alertam que a falta de proteção adequada amplia o risco de complicações e mortes, principalmente entre idosos, gestantes, crianças pequenas e imunossuprimidos.

Dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) mostram que mais de 13,6 mil casos de Covid foram confirmados em 2025 até o dia 28 de abril. A média de infecções se mantém em quase 120 diagnósticos por dia. A subnotificação preocupa, já que muitas pessoas, ao apresentarem sintomas leves semelhantes aos de um resfriado comum, não procuram os postos de saúde para realizar o teste, o que impede o registro oficial dos casos.

O aumento das internações também chama atenção. Nas últimas semanas de abril, a procura por atendimento de urgência na rede privada cresceu 65% entre os idosos, de acordo com a Unimed-BH. Já as internações hospitalares subiram 32% entre esse mesmo público. Isso pressiona o sistema de saúde e evidencia a fragilidade da imunidade de quem não completou o ciclo vacinal.

Para o infectologista Unaí Tupinambás, a desinformação tem sido um grande obstáculo. “Muita gente parou de se vacinar por acreditar que a Covid acabou. Mas enquanto o vírus continuar em circulação e houver baixa cobertura vacinal, ele continuará matando, especialmente os mais vulneráveis”, afirmou.

Outro ponto crítico destacado por médicos é a propagação do vírus por pessoas não vacinadas que, mesmo sem pertencerem aos grupos de risco, contribuem para a disseminação da infecção. “Quando mais pessoas são infectadas, maiores são as chances de transmissão para os que têm mais risco de evoluir para formas graves”, alerta o infectologista Leandro Curi.

Atualmente, a vacinação contra a Covid está prevista no calendário nacional para idosos, gestantes, crianças de seis meses a cinco anos, imunocomprometidos e trabalhadores da saúde. Para esses grupos, é recomendado reforço regular — no caso dos idosos, por exemplo, duas doses por ano, com intervalo de seis meses entre elas.

A SES-MG reforça ainda outras medidas de prevenção que seguem sendo fundamentais: manter a higienização frequente das mãos, evitar aglomerações, usar máscara em locais fechados ou com grande circulação, cobrir o rosto ao espirrar ou tossir, manter os ambientes ventilados e não negligenciar a vacinação.


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