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Depois de nove meses em alta, alimentos têm queda e puxam IPCA para baixo

  • Foto do escritor: Moisés Oliveira
    Moisés Oliveira
  • 16 de jul.
  • 2 min de leitura
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou leve desaceleração em junho, puxado principalmente pela redução nos preços dos alimentos consumidos em casa. A inflação oficial do país ficou em 0,24%, recuando em relação ao mês de maio (0,26%), conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O alívio no bolso do consumidor foi sentido especialmente na feira e no supermercado, com destaque para a redução nos preços do ovo de galinha, arroz e frutas, itens básicos da mesa das famílias brasileiras — inclusive em Brumadinho.

No grupo “Alimentação e bebidas”, que tem o maior peso dentro do IPCA, foi registrada uma queda de -0,18% em junho, contrastando com o aumento de 0,17% registrado em maio. A maior contribuição para essa baixa veio da alimentação no domicílio, que passou de uma variação praticamente estável em maio (0,02%) para um recuo de -0,43% no mês passado.

Os produtos que mais contribuíram para a retração foram o ovo de galinha (-6,58%), o arroz (-3,23%) e as frutas em geral (-2,22%). Em contrapartida, o tomate, que havia acumulado quedas em meses anteriores, subiu 3,25% em junho. Já a alimentação fora de casa também desacelerou, com variação de 0,46% – menor que a de maio (0,58%).

O gerente responsável pelo IPCA no IBGE, Fernando Gonçalves, explicou que a queda está ligada à maior oferta de alimentos, especialmente com a renovação do plantel das galinhas no início do ano, o que resultou em uma produção de ovos mais equilibrada para o mercado. No caso do arroz, há previsão de uma safra 16% maior em 2025, totalizando 12,3 milhões de toneladas, o que já influencia a percepção dos preços no presente.

A desaceleração nos preços vem em um momento importante para famílias de baixa renda e moradores de regiões como Brumadinho, onde o custo de vida é fortemente impactado pelos alimentos. A instabilidade econômica dos últimos anos, agravada por desastres ambientais e efeitos da pandemia, fez com que muitos lares sentissem a inflação no prato. A queda pontual em junho pode representar um breve alívio, mas especialistas alertam que é necessário observar os próximos meses para confirmar uma tendência mais duradoura.

Além de alimentação, outro grupo que influenciou na estabilidade do índice foi o de educação, que não apresentou variação significativa. No total, entre os nove grupos analisados, apenas “Alimentação e bebidas” registrou recuo.

Embora tímida, a desaceleração da inflação pode abrir espaço para debates sobre políticas públicas de combate à carestia e incentivo à produção agrícola local. Em cidades como Brumadinho, iniciativas que fortaleçam a agricultura familiar e o abastecimento regional se tornam cada vez mais estratégicas para garantir o acesso da população a alimentos saudáveis e a preços justos.

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