'Cadê o manual de criação de filhos? Entre o amor e o peso de querer fazer tudo “certo”'
- Redação Portal Independente

- 10 de nov.
- 2 min de leitura

Antes de mais nada, quero deixar claro que tudo isso vem da minha própria reflexão e experiência de vida. Ainda não tenho filhos, mas quero ter, e só de pensar nessa responsabilidade, já sinto o peso e os medos que acompanham a maternidade e a paternidade. É um exercício diário de imaginar, aprender e aceitar que, mesmo sem manual, a gente vai tentando da melhor forma possível.
E sim, a maternidade e a paternidade não vêm com manual. Ainda assim, todo dia, há quem tente acertar, e isso já é muito. Com tantas opiniões, o que é realmente “certo”? Esse texto na verdade é um convite à leveza e à autenticidade na criação dos filhos.
Percebo que ser pai ou mãe é viver em um eterno aprendizado.É tentar equilibrar o amor, o cansaço, o medo e a culpa, tudo ao mesmo tempo. E lá está você, no meio de um turbilhão de conselhos em redes sociais e em grupos de amigos, tentando encontrar o seu próprio jeito.
E o peso invisível de querer acertar? A vontade de “fazer tudo certo” nasce do amor. Mas, quando vira cobrança, pesa.Pesa no corpo, na mente e, principalmente, no coração. Porque junto da responsabilidade vem a culpa, aquela que aparece quando o filho adoece, quando a paciência acaba, ou quando você precisa de um tempo pra respirar.E ainda assim, o amor continua ali.Mesmo quando o dia termina com arrependimento, ele recomeça com a vontade de tentar de novo. Talvez seja isso o que realmente importa: recomeçar.
O “certo” não é o mesmo pra todo mundo: Cada família é um universo.Cada criança tem suas necessidades, seu jeito de se comunicar com o mundo.O que funciona na casa do outro pode não funcionar na sua. Comparar é injusto.Nem sempre a criança que dorme a noite toda é mais “bem-criada”.Nem sempre o pai que parece calmo está em paz.A criação real acontece nos bastidores, entre erros, acertos e muito amor.
A perfeição não educa.O que educa é a presença, o olhar, o colo, a disponibilidade emocional.O “bom o bastante” é o que a criança realmente precisa, um adulto que tenta, mesmo sem certezas.
Ser pai ou mãe é aceitar que não dá pra acertar sempre, e que os erros também ensinam.Ensinar a pedir desculpas, mostrar vulnerabilidade, mudar de ideia, tudo isso também é educação.
Então, se você também anda se perguntando onde foi parar o manual de criação de filhos…Respira. Talvez ele esteja sendo escrito agora, nas suas mãos, com o jeito único que só você tem de cuidar.
E, mesmo sem ter vivido tudo isso ainda, sinto que cada reflexão, cada medo e cada tentativa de entender a paternidade e a maternidade já me ensina algo sobre quem quero ser como mãe no futuro. Não tenho todas as respostas, mas sei que o importante é estar presente, com amor e imperfeição, escrevendo minha própria versão desse “manual” todos os dias.
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Gabriela Rios
Fonoaudióloga - Graduada pela UFMG | CRFa 6-10868
Atendimentos no Espaço Gabriela Rios, em Brumadinho Especialização em Neuroeducação
Consultora de Amamentação
Aperfeiçoamento em Desmame Gradual
Capacitação em ABA naturalista
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