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Brumadinhenses podem ganhar novo aliado contra a dengue com produto inédito da UFMG

  • Foto do escritor: Talles Costa
    Talles Costa
  • 24 de jul.
  • 2 min de leitura
Foto: Divulgacão
Foto: Divulgacão

Uma tecnologia inovadora criada em Minas Gerais promete revolucionar a proteção contra o mosquito Aedes aegypti e outras espécies transmissoras de doenças como dengue, zika e chikungunya. Desenvolvido por uma startup vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o novo repelente, chamado Repeltex, tem eficácia comprovada e uma duração inédita: até quatro meses sem necessidade de reaplicação. A novidade pode beneficiar diretamente cidades como Brumadinho, que sofrem com os impactos da dengue, sobretudo nos períodos de chuva e calor intensos.

O Repeltex foi concebido pela InnoVec, empresa nascida no Instituto de Ciências Biológicas da UFMG em 2023 e incubada no Parque Tecnológico de Belo Horizonte. Diferente dos repelentes convencionais, a fórmula do produto é atóxica, sem cheiro e atua por meio da liberação gradual do princípio ativo, formando uma barreira invisível com alcance de até seis metros. Inicialmente aplicada apenas em calçados feitos de sisal, a tecnologia já foi adaptada para outros tipos de superfícies, como roupas, mochilas, móveis e cortinas, o que amplia significativamente seu uso cotidiano.

Os testes de eficácia foram realizados tanto no Brasil quanto na Tanzânia. Os resultados demonstraram um desempenho de 74% de proteção contra o mosquito da dengue e 84% contra o transmissor da malária. Essas taxas expressivas colocam o Repeltex como uma solução promissora, especialmente em um cenário em que o Brasil ultrapassou a marca de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue apenas em 2024, com mais de R$ 28 bilhões gastos em medidas de controle e tratamento da doença.

Em Brumadinho, a iniciativa é recebida com otimismo, especialmente por profissionais da saúde e moradores de regiões mais suscetíveis à proliferação do mosquito. A expectativa é de que, quando o produto chegar ao mercado, possa ser integrado a campanhas de prevenção e ações comunitárias já existentes no município, reforçando a proteção da população, especialmente de crianças, idosos e pessoas com comorbidades.

Segundo o professor Álvaro Eiras, que coordena o projeto e é referência no estudo do comportamento de mosquitos vetores de arboviroses, a startup agora busca meios para ampliar a produção e distribuir a tecnologia nacionalmente. Ainda não há data oficial para a comercialização, mas a UFMG garantiu que o produto será lançado nos próximos meses.

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