Abalos sísmicos são sentidos em Contagem, Betim e outras cidades da RMBH; Defesa Civil monitora
- Moisés Oliveira

- 17 de set.
- 2 min de leitura

Moradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte viveram momentos de apreensão na noite desta terça-feira (16) e na madrugada desta quarta-feira (17), após uma sequência de tremores de terra ser sentida em diferentes cidades. Os abalos foram percebidos em bairros de Contagem, Betim, Ribeirão das Neves, Esmeraldas e até mesmo em áreas de Belo Horizonte, provocando correria para as ruas e inúmeros relatos nas redes sociais. Apesar da intensidade sentida pelos moradores, não houve registro de danos estruturais até o momento.
Em Contagem, regiões como Nacional, Sarandi, Santa Terezinha, São Joaquim e Cabral tiveram relatos mais concentrados, com moradores afirmando que as casas balançaram por alguns segundos, gerando pânico e surpresa. Em Betim e em Ribeirão das Neves, vídeos compartilhados na internet mostraram objetos tremendo dentro das residências, como no bairro San Marino, onde o abalo foi registrado por volta das 22h33. Já em Esmeraldas e em alguns bairros de Belo Horizonte, o fenômeno também foi relatado, reforçando a sensação de que o tremor atingiu uma área extensa.
As defesas civis municipais foram acionadas, mas não receberam registros de estragos. A Defesa Civil de Contagem informou que acompanha os desdobramentos e aguarda laudos técnicos para identificar a causa. A Polícia Militar também confirmou que recebeu diversas ligações sobre os tremores. Já a Defesa Civil estadual e o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), em conjunto com o Centro de Sismologia da USP, devem emitir análises para confirmar se os abalos foram naturais ou se podem ter relação com atividades artificiais, como detonações.
Durante a madrugada, por volta das 2h40, moradores do bairro Cabral, em Contagem, relataram um novo tremor, o que aumentou a preocupação da população. Apesar disso, especialistas lembram que o Brasil não está sujeito a terremotos de grande magnitude, já que o país se encontra no centro da Placa Sul-Americana, distante das regiões onde há choques entre placas tectônicas, como acontece em países andinos, Japão e Turquia.
Segundo sismólogos, os tremores sentidos em território brasileiro costumam ser classificados como sismos intraplaca, causados por movimentações em falhas geológicas antigas, acomodações naturais da crosta terrestre ou até por atividades de mineração. Por isso, ainda que causem medo, os abalos registrados aqui raramente ultrapassam 4 graus de magnitude e não têm potencial destrutivo relevante.
Em Brumadinho, onde a população ainda lida com os impactos da mineração e com as memórias da tragédia da barragem, os tremores registrados na Grande BH reforçam a sensação de vulnerabilidade e o alerta para a importância de investigações rápidas e transparentes. Moradores da cidade acompanharam as notícias com atenção, preocupados com a possibilidade de eventos semelhantes afetarem a região.


















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