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Surto de vírus respiratórios acende alerta em Betim e preocupa cidades vizinhas

  • Foto do escritor: Talles Costa
    Talles Costa
  • 19 de abr.
  • 2 min de leitura
Foto - Divulgação
Foto - Divulgação

A vizinha Betim declarou situação de emergência em saúde pública na última quarta-feira (16), após registrar um aumento expressivo de casos de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), especialmente entre crianças. A superlotação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais municipais acendeu o alerta das autoridades de saúde e pode impactar diretamente municípios vizinhos, como Brumadinho, cujos moradores dependem frequentemente da rede hospitalar da capital e região para atendimentos de alta complexidade.

A medida foi oficializada por meio do Decreto nº 48.283, publicado no Órgão Oficial do Município, com validade inicial de 120 dias. Durante esse período, a Secretaria Municipal de Saúde de Betim terá poderes ampliados para executar ações emergenciais, como abertura de novos leitos, contratação temporária de profissionais da saúde, compra de insumos e medicamentos, e remanejamento de recursos humanos e materiais para conter o avanço das infecções.

O cenário crítico é reflexo do aumento na circulação de vírus respiratórios como o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus, conforme apontado pelo boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgado em 3 de abril. Os dados revelam que crianças de até 14 anos são as mais afetadas, e estados como São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais vêm registrando crescimento preocupante nos atendimentos por SRAG nas últimas semanas.

Em Betim, todas as UPAs — Teresópolis, Norte, Alterosas e PTB — estão operando no limite, com leitos lotados e pacientes fora do perfil de atendimento aguardando por vagas hospitalares. A situação se agrava pela ausência de disponibilidade de leitos também em Belo Horizonte e demais cidades da região. A demanda por internações pediátricas explodiu, e tanto o Hospital Regional quanto o Centro Materno-Infantil de Betim já atingiram 100% de ocupação. Há um aumento considerável no número de crianças que precisam de intubação, suporte ventilatório e alimentação por sondas, exigindo estrutura hospitalar mais robusta.

Diante da pressão sobre o sistema de saúde, o prefeito Heron Guimarães reforçou que o objetivo do decreto é preservar vidas e evitar o colapso no atendimento. “Estamos tomando todas as providências para garantir que nossas crianças recebam o cuidado necessário. O momento pede união e respostas rápidas diante da gravidade da situação”, declarou.

A secretária municipal de Saúde, Jaqueline Santana, detalhou que o decreto é uma ferramenta de gestão que permitirá maior agilidade nas decisões administrativas. Ela destacou que a intenção é ajustar a rede municipal à demanda crescente, com ações que assegurem estrutura adequada e atendimento humanizado aos pacientes.

Para os moradores de Brumadinho, especialmente aqueles que buscam atendimento em Betim ou na rede de BH em situações mais graves, a crise sanitária representa um alerta. A saturação da capacidade hospitalar em Betim pode aumentar o tempo de espera por transferências e comprometer o fluxo de atendimentos regionais. A atenção da Secretaria de Saúde de Brumadinho e de outras cidades vizinhas está voltada para o avanço dos indicadores epidemiológicos e a possibilidade de medidas semelhantes, caso os casos também se multipliquem localmente.

A recomendação das autoridades sanitárias é que os pais fiquem atentos aos sintomas respiratórios nas crianças, evitem aglomerações e mantenham a vacinação em dia, especialmente contra a gripe e a Covid-19. A prevenção segue sendo a principal aliada no enfrentamento da atual onda de infecções respiratórias que atinge o estado.


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