Preços do frango se recuperam pela primeira vez desde crise da gripe aviária
- Guilherme Almeida

- 10 de out.
- 2 min de leitura

O mercado de frango registrou em setembro sua primeira recuperação de preços desde o registro de gripe aviária em granjas comerciais brasileiras em maio, conforme levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP). Enquanto a carne de frango apresentou alta, o arroz em casca teve sucessivas quedas no Rio Grande do Sul, e o boi gordo enfrentou pressão baixista contrariando a tendência histórica do período. Para os brumadinhenses, essas oscilações nos alimentos básicos impactam diretamente o orçamento familiar e a economia local, especialmente em um município que busca estabilidade após os impactos da tragédia da barragem.
O relatório mensal do Cepea revela um cenário diversificado nos principais produtos agrícolas. O segmento de ovinos alcançou um recorde histórico com 21,9 milhões de cabeças, enquanto o feijão preto experimentou aquecimento no mercado. O café recebeu com otimismo as chuvas de setembro, que devem favorecer o desenvolvimento da safra 2026/27, especialmente nas lavouras de arábica do Sudeste. Já o milho e a soja mantiveram relativa estabilidade, com variações menores ao longo do mês, refletindo a cautela tanto de compradores quanto de vendedores.
No complexo sucroenergético, o etanol apresentou desempenho positivo com o hidratado fechando a R$ 2,7583 por litro (alta de 3,25%) e o anidro alcançando R$ 3,0999 por litro (avanço de 4,33%). Em contraste, o açúcar cristal branco manteve médias inferiores às do mesmo período do ano anterior. O algodão, com colheita praticamente concluída e produção recorde, viu os vendedores se tornarem mais flexíveis nos preços devido à elevada disponibilidade no mercado spot nacional.
Para a população de Brumadinho, essas flutuações nos preços dos alimentos representam mais um elemento de instabilidade em um contexto já marcado por desafios econômicos. A recuperação do frango pode significar alívio para produtores locais, enquanto as quedas no arroz trazem algum benefício aos consumidores. Esses movimentos de mercado reforçam a importância de políticas públicas que garantam segurança alimentar para comunidades em processo de reconstrução, onde o acesso a alimentos a preços acessíveis é fundamental para a recuperação socioeconômica.


















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