
As obras que vão conectar a Via Expressa de Betim ao município de Brumadinho, sede do renomado Instituto Inhotim, devem ser iniciadas ainda em 2025. A iniciativa foi confirmada pelo prefeito de Betim, Heron Guimarães (União), e conta com o aval do Governo de Minas Gerais. Segundo ele, os recursos necessários serão provenientes do acordo de reparação firmado após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, tragédia que ocorreu em 2019.
A proposta visa melhorar o fluxo viário entre cidades estratégicas da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), como Contagem, Betim e Brumadinho. De acordo com a Prefeitura de Betim, a expectativa é reduzir o tempo de viagem entre o centro da capital mineira e o Inhotim para cerca de 20 minutos.
“O governador Romeu Zema demonstrou sensibilidade ao priorizar essa obra logo nos primeiros dias de sua nova gestão. É uma intervenção que vai beneficiar não apenas Betim, mas toda a Grande BH, além de impulsionar o turismo em Inhotim, que é o maior museu a céu aberto da América Latina”, afirmou Heron Guimarães durante entrevista ao programa Café com Política.
O processo de licitação para as obras deve ser concluído nos próximos meses, permitindo que a execução tenha início ainda este ano. A expectativa é que a nova via proporcione mais segurança e eficiência no deslocamento entre as cidades da região metropolitana, contribuindo também para o fortalecimento socioeconômico local.
O projeto é parte de uma série de investimentos em infraestrutura viária que estão sendo planejados com os recursos oriundos do acordo de repactuação com a mineradora Vale, controladora da Samarco.
Além da ligação entre Betim e Brumadinho, o prefeito destacou outros desafios de mobilidade, como o Rodoanel e o Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Segundo ele, há divergências entre o traçado proposto pelo governo estadual e as demandas dos municípios.
“O projeto apresentado ainda não atende completamente às expectativas das cidades. Estamos dialogando para alinhar as prioridades e reduzir os impactos sociais e ambientais que possam ser causados pelas obras”, explicou Heron.
Um dos principais pontos de controvérsia é o impacto do traçado do Rodoanel em áreas densamente povoadas e de preservação ambiental, como a Bacia de Várzea das Flores. Prefeitos de Betim e Contagem têm reivindicado ajustes para mitigar possíveis prejuízos à população e ao meio ambiente.
Heron Guimarães também enfatizou a necessidade de parcerias para viabilizar os investimentos, visto que grande parte do orçamento municipal está comprometida com áreas essenciais como saúde, educação e folha de pagamento. “Estamos investindo quase 60% dos recursos em saúde e educação. Por isso, precisamos buscar apoio da iniciativa privada e de outras esferas de governo para tocar os grandes projetos”, ressaltou.
Segundo ele, Betim espera mobilizar entre R$ 270 e R$ 400 milhões em 2025 e 2026 para dar continuidade aos projetos de mobilidade urbana.
Com o início da ligação Via Expressa-Inhotim, a expectativa é que o turismo em Brumadinho e o fluxo econômico na RMBH ganhem novo impulso. Além de facilitar o acesso a um dos principais destinos culturais do Brasil, a obra promete integrar melhor os sistemas viários da região, gerando benefícios diretos para a população e fortalecendo a economia local.
O projeto é considerado estratégico para colocar Minas Gerais em posição de destaque no turismo e na logística, evidenciando a importância de obras que aliam desenvolvimento e preservação ambiental.
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