
O transporte público de Brumadinho está no centro de um impasse entre a CAF Transportes, responsável pelo serviço, e a Prefeitura Municipal. Enquanto a empresa alega que não recebe os repasses desde dezembro de 2024, a administração municipal nega qualquer atraso e afirma que os pagamentos seguem o cronograma legal. Diante dessa situação, o Sindicato dos Rodoviários de Brumadinho e região já cogita convocar uma assembleia para discutir a possibilidade de paralisação caso a questão não seja resolvida nos próximos dias.
De acordo com a CAF, a falta de pagamento compromete a manutenção da frota e pode afetar o serviço prestado à população. A empresa informou que notificou seus funcionários sobre a situação e aguarda um posicionamento oficial da Prefeitura. Apesar disso, garantiu que não há intenção de interromper o transporte público na cidade e que confia na regularização do problema.
Os motoristas da empresa também demonstram preocupação, já que foram informados sobre a possibilidade de não receberem o adiantamento salarial deste mês. Para eles, a incerteza quanto aos repasses municipais gera apreensão, uma vez que o transporte público é essencial para milhares de trabalhadores que dependem do serviço diariamente.
Por outro lado, o Sindicato dos Rodoviários não descarta a paralisação caso a situação permaneça indefinida. O presidente da entidade, Renato Campos Maia, afirmou que pretende convocar uma assembleia na próxima semana para discutir as medidas a serem tomadas, caso o pagamento não seja efetuado.
A Prefeitura de Brumadinho, por sua vez, classificou a informação como falsa e afirmou que os pagamentos seguem a ordem cronológica e as exigências legais. Em nota, o município reforçou seu compromisso com o programa Tarifa Zero, destacando que a iniciativa é uma conquista da população e que o prefeito Gabriel Parreiras tem se empenhado para sua continuidade. A administração municipal também ressaltou que trabalha com transparência e responsabilidade na aplicação dos recursos públicos.
A indefinição sobre os repasses preocupa a população, que teme enfrentar dificuldades de deslocamento caso a situação se agrave. Enquanto empresa, sindicato e Prefeitura mantêm discursos divergentes, os usuários do transporte público aguardam uma solução que garanta a normalidade do serviço essencial na cidade.
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