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Audiência pública na ALMG discute impactos na saúde das vítimas de Brumadinho e Mariana

  • Foto do escritor: Moisés Oliveira
    Moisés Oliveira
  • 9 de dez.
  • 2 min de leitura
Foto: Daniel Protzner/ALMG
Foto: Daniel Protzner/ALMG

A comissão externa da Câmara dos Deputados que fiscaliza os rompimentos de barragens e a repactuação das reparações realiza nesta terça-feira (9) uma audiência pública para discutir os impactos e desafios na saúde das populações atingidas pelos desastres nas bacias dos rios Doce e Paraopeba. O objetivo é dar transparência aos avanços e às dificuldades no processo de reparação das comunidades afetadas, com foco especial nos desdobramentos na saúde pública após as tragédias de Mariana e Brumadinho. O debate contará com a participação de autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil.

A audiência, marcada para as 14h, busca avaliar o que mudou desde os rompimentos, especialmente no campo da assistência médica, psicológica e sanitária oferecida aos atingidos. Para os moradores de Brumadinho, que seguem lidando com as sequelas físicas e emocionais da tragédia de 2019, a discussão em âmbito nacional representa uma oportunidade de tornar visíveis suas demandas por atendimento integral, continuado e de qualidade. A reunião poderá ser acompanhada ao vivo por meio de link disponibilizado pela Câmara.

A iniciativa reforça o papel do Legislativo federal no acompanhamento das medidas de reparação e na cobrança por respostas concretas das empresas responsáveis e do poder público. A saúde é uma das dimensões mais sensíveis e duradouras do pós-desastre, abrangendo desde o tratamento de doenças relacionadas à contaminação ambiental até o suporte psicossocial para trauma, ansiedade e luto coletivo. A audiência visa mapear se os programas existentes têm sido eficazes e acessíveis a todos os atingidos.

Para as comunidades localizadas às margens do Rio Paraopeba, a contaminação da água, do solo e dos alimentos permanece como uma preocupação constante, com potenciais efeitos de longo prazo sobre a saúde. A falta de acompanhamento regular, a descontinuidade de programas de monitoramento e a dificuldade de acesso a especialistas são queixas frequentes entre os brumadinhenses, que esperam que a audiência sirva para pressionar por políticas mais estruturadas e perenes.

A realização do debate em Brasília também simboliza a necessidade de manter viva a memória das tragédias e a responsabilidade do Estado e das empresas na reconstrução das vidas afetadas. Espera-se que, a partir dos relatos e dados apresentados, a comissão possa elaborar recomendações e proposições que fortaleçam o sistema de saúde nas regiões impactadas, assegurando que a reparação não se restrinja a indenizações, mas inclua o direito à saúde em sua plenitude. Para Brumadinho, cada espaço de discussão como este é um passo na luta por justiça e por um futuro com mais cuidado e dignidade.




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