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Sistema Rio Manso apresenta queda preocupante no volume armazenado

  • Foto do escritor: Moisés Oliveira
    Moisés Oliveira
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura
Foto: UARLEN VALERIO
Foto: UARLEN VALERIO

Os principais reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de Belo Horizonte enfrentam uma situação crítica, com o Sistema Paraopeba operando abaixo de 60% de sua capacidade total pelo segundo ano consecutivo. Em Brumadinho, o reservatório do Rio Manso - maior dos três que compõem o sistema - registrou expressiva redução de 11,43% em apenas um mês, operando atualmente com 64,3% de seu volume útil. O cenário preocupa especialistas e moradores, que acompanham apreensivos a contínua diminuição dos níveis de água enquanto aguardam o início efetivo do período chuvoso, tradicionalmente responsável pela recuperação dos mananciais.

A situação atual apresenta paralelos preocupantes com períodos críticos registrados anteriormente. O conjunto formado por Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores testemunhou uma redução de 11,57% em seu volume total apenas durante o mês de setembro, passando de 67,4% para 59,6% da capacidade. Embora a Copasa afirme não haver risco iminente de racionamento, a queda progressiva e diária dos níveis mantém as autoridades e a população em estado de alerta, especialmente considerando que outubro tradicionalmente marca a transição entre a estação seca e o período chuvoso na região.

Em Brumadinho, a realidade do Rio Manso reflete a gravidade do momento. O reservatório, vital para o abastecimento da região, opera atualmente com 64,3% - porcentagem significativamente inferior aos 72,6% registrados no mês anterior. Apesar de apresentar situação melhor que a represa de Serra Azul em Juatuba, que trabalha com apenas 44,6% de sua capacidade, a contínua redução no volume armazenado acende um sinal de alerta entre os brumadinhenses, embora não dependam diretamente desse manancial para seu abastecimento diário.

As causas para essa situação crítica são múltiplas e interligadas. A estiagem severa que assola a região aparece como principal fator, com índices pluviométricos bem abaixo da média histórica. Em setembro, o reservatório de Rio Manso recebeu apenas 17,9 milímetros de chuva, quando a média esperada para o período seria de 41,3 mm. Situação ainda mais grave foi registrada em Vargem das Flores, que acumulou meros 6,6 mm contra uma média histórica de 36,7 mm. Esses números explicam a dificuldade dos reservatórios em manter seus níveis adequados.

Especialistas ouvidos pela reportagem demonstram preocupação, mas também trazem perspectivas de recuperação. De acordo com meteorologistas, as primeiras chuvas da temporada, embora insuficientes para reverter o quadro atual, anunciam a gradual transição para o período chuvoso que se estabelece plenamente a partir de novembro. A expectativa é que as precipitações mais consistentes e duradouras possam começar a recompor os níveis dos reservatórios, aliviando a pressão sobre o sistema de abastecimiento da região metropolitana.

Enquanto a natureza não dá sinais mais consistentes de recuperação, especialistas defendem medidas urgentes para garantir a segurança hídrica da população. O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba alerta para a necessidade de implementar sistemas de reúso de água, especialmente nas grandes empresas que consomem volumes significativos do recurso. Paralelamente, faz um apelo à população para que adote práticas de consumo consciente, evitando desperdícios e utilizando a água de forma responsável, lembrando que cada gota preservada hoje significa maior segurança para o futuro de Brumadinho e toda a região metropolitana.


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