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Orgulho LGBTQIAPN+: Brumadinho ainda enfrenta desafios entre avanços e a luta contra o preconceito

  • Foto do escritor: Talles Costa
    Talles Costa
  • há 12 minutos
  • 2 min de leitura

Foto: Divulgacão
Foto: Divulgacão

Neste sábado, 28 de junho, data em que se celebra o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, Brumadinho se vê diante de um cenário que mescla importantes avanços com desafios urgentes. Embora o município tenha reestruturado, em fevereiro deste ano, o Conselho Municipal LGBTQIAPN+, e sinais de representatividade tenham ganhado espaço em repartições públicas, comércios e setores diversos, o preconceito ainda é realidade sentida por muitas pessoas da comunidade.

Em pleno 2025, a existência de crimes motivados por homofobia, episódios de violência verbal e discriminação velada continuam manchando a convivência social. Casos de intolerância, embora muitas vezes não registrados oficialmente, circulam nas redes, em rodas de conversa e nas experiências pessoais dos que se identificam com a sigla LGBTQIAPN+ em Brumadinho e na região.

Jovens afirmam que ainda há medo de expressar livremente sua identidade em determinados bairros ou contextos, como em ambientes escolares ou dentro da própria família. O preconceito, embora silencioso em muitos casos, ainda gera impacto psicológico e social profundo.

O Conselho LGBTQIAPN+ tem se mobilizado para ampliar o diálogo, promover escutas e sugerir ações concretas para enfrentar a intolerância. No entanto, é consenso entre os ativistas que a atuação do poder público precisa ir além de gestos simbólicos. Políticas públicas estruturadas, com orçamento, metas e acompanhamento, são fundamentais para garantir direitos e segurança à população LGBTQIAPN+.

Faltam, por exemplo, campanhas permanentes de combate à homofobia, formação específica para servidores públicos sobre diversidade e inclusão, incentivo à empregabilidade de pessoas trans e travestis, além de maior rigor na investigação de casos de violência motivados por preconceito. A presença de representantes da comunidade em cargos de decisão e conselhos, embora simbólica, ainda não se traduz em ações efetivas no cotidiano de muitas pessoas.

Brumadinho precisa avançar no reconhecimento da diversidade como valor coletivo. O respeito à existência de cada cidadão, independentemente da identidade de gênero ou orientação sexual, é uma responsabilidade que atravessa a sociedade como um todo — governo, iniciativa privada, instituições religiosas, escolas e famílias.

Neste 28 de junho, mais que comemorar, é dia de reafirmar: orgulho também é resistência. E a luta por dignidade e direitos plenos continua sendo urgente.

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