Os moradores da comunidade quilombola de Marinhos, em Brumadinho, estão cada vez mais incomodados com o tráfego de carretas carregadas de minério que desrespeitam a legislação local. Apesar da proibição explícita da circulação de caminhões e carretas de minério na região, alguns motoristas continuam a trafegar, causando transtornos e danos à comunidade.
De acordo com os relatos dos moradores, alguns motoristas alegam que estão transportando areia, mas há suspeitas de que a carga seja, na verdade, minério. "Precisamos unir forças para não deixarem eles trafegarem destruindo nosso território", comentou uma moradora, expressando a frustração generalizada da comunidade. A placa de proibição é clara, indicando que o tráfego de carretas de minério é proibido, e os residentes estão determinados a fazer cumprir essa regra.
Na noite de ontem (9), um incidente envolvendo uma dessas carretas exacerbou a situação. Uma carreta colidiu com um ponto de ônibus, danificando o patrimônio público e quebrando o retrovisor do veículo. Segundo uma testemunha, "Quase que entram na casa de uma idosa. Coitada, assustada com o barulho enorme. E o pessoal do culto também, saiu assustados, e o motorista saiu do local". Esse evento ilustra o perigo que os veículos pesados representam para a comunidade.
Além dos incidentes imediatos, os moradores relatam que as ruas estreitas da comunidade e as casas estão sofrendo danos estruturais, com rachaduras causadas pela constante movimentação de veículos pesados. Essa situação se agravou após o asfaltamento das estradas na região que liga Brumadinho a Moeda, que aparentemente incentivou o tráfego de carretas na área.
Os moradores de Marinhos estão apelando aos órgãos fiscalizadores para que tomem medidas efetivas para impedir o tráfego de carretas de minério na comunidade. A presença contínua desses veículos não só viola a legislação local, mas também coloca em risco a segurança e o bem-estar dos residentes, além de causar danos ao patrimônio público e às propriedades privadas.
A comunidade espera que as autoridades respondam rapidamente para solucionar essa questão e proteger os direitos e a segurança dos moradores de Marinhos.
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