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Luto: cão de resgate que atuou em Brumadinho e tragédias nacionais morre aos 16

  • Foto do escritor: Moisés Oliveira
    Moisés Oliveira
  • há 21 horas
  • 2 min de leitura
Foto - Divulgação
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Zeca, o cão de resgate que atuou na busca por vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, morreu aos 16 anos nesta quarta-feira, 25 de junho. O labrador preto, que integrou o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, estava aposentado desde 2020 e vivia sob os cuidados do primeiro-sargento Isac, militar com quem construiu uma relação de companheirismo e gratidão após anos de serviço.

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Com um histórico de atuação exemplar, Zeca não marcou presença apenas em Brumadinho. Ele esteve em diversas outras ocorrências emblemáticas do Brasil, como a tragédia em Teresópolis (RJ), o naufrágio de uma lancha no Lago Paranoá, o desmoronamento de um prédio em Vicente Pires, as buscas por adolescentes levados por uma cabeça-d’água entre Samambaia e Ceilândia, além de missões de salvamento em áreas rurais de Minas Gerais e Goiás.

Durante sua missão em Brumadinho, logo após o desastre em janeiro de 2019 que matou 272 pessoas, Zeca foi fundamental no trabalho dos socorristas para localizar vítimas em meio à lama. A presença dos cães farejadores foi considerada essencial para o avanço das buscas em regiões de difícil acesso e sem visibilidade, ajudando a devolver dignidade às famílias atingidas pela tragédia.

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Desde sua aposentadoria, Zeca recebeu cuidados especiais e viveu de forma tranquila. O Corpo de Bombeiros do DF divulgou uma nota lamentando a morte do animal e reconhecendo sua importância histórica: “Zeca descansa em paz, mas sua memória permanece viva como símbolo de coragem, compromisso e amor à vida. Obrigado pelas missões cumpridas e por ter feito a diferença na vida de tantos”.

A comoção com a morte de Zeca alcançou especialmente os moradores de Brumadinho, que ainda convivem com as marcas da tragédia e reconhecem a importância de cada esforço feito no resgate das vítimas. Para muitos brumadinhenses, a atuação dos cães representou esperança em meio ao luto e contribuiu para que muitas famílias pudessem, ao menos, se despedir de seus entes queridos.

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A despedida de Zeca reforça a memória do que foi a operação de resgate mais longa da história do Brasil, e resgata a importância dos cães no serviço público, muitas vezes invisibilizados, mas essenciais em momentos críticos. Zeca foi um desses heróis silenciosos, que trabalharam com coragem até o fim.

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