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Inflação em 2025: Mercado reduz projeção para 5,05%, mas ainda acima da meta

  • Foto do escritor: Guilherme Almeida
    Guilherme Almeida
  • há 6 dias
  • 2 min de leitura

Foto: Divulgação
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Pela décima primeira semana consecutiva, analistas financeiros reduziram as expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025, agora estimado em 5,05%, abaixo dos 5,07% previstos anteriormente. Apesar da tendência de queda, o indicador ainda supera o limite máximo da meta do Banco Central, fixado em 4,5%, mantendo a pressão sobre a política monetária. O cenário preocupa os brumadinhenses, que acompanham de perto o impacto dos preços no poder de compra, especialmente em setores como alimentação e serviços básicos.

O Boletim Focus, divulgado na semana passada pelo BC, mostra que a inflação projetada para 2026 recuou para 4,41%, enquanto para 2027 a estimativa é de 4%. Apesar da melhora gradual, o IPCA acumulado em 12 meses ainda está em 5,35%, ultrapassando pelo sexto mês seguido o teto da meta. Esse descumprimento exige que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, envie uma carta aberta ao Ministro da Fazenda explicando as razões do desvio e as medidas para controlá-lo – um ritual que reflete a complexidade do combate à inflação no atual cenário econômico.

Para conter a alta de preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic em 15% ao ano, sinalizando cautela diante de incertezas externas, como a política comercial dos EUA. O mercado, por sua vez, mantém a aposta de que os juros só começarão a cair em 2026, com a Selic terminando aquele ano em 12,5%. Enquanto isso, famílias e empresários de Brumadinho sentem os efeitos do crédito mais caro, que desacelera investimentos e o consumo.

No front do crescimento, a expectativa para o PIB em 2025 foi revisada para 2,21%, abaixo dos 2,23% projetados anteriormente. Para 2026 e 2027, as estimativas são ainda mais modestas: 1,87% e 1,93%, respectivamente. O dólar, por outro lado, manteve-se estável nas projeções, com cotação esperada em R$ 5,60 no fim de 2025 e R$ 5,70 nos anos seguintes – um alívio relativo para importadores e viajantes da região, que temem oscilações bruscas na moeda.

Enquanto o BC busca equilibrar inflação e crescimento, os brumadinhenses aguardam por sinais concretos de alívio nos preços, especialmente em itens essenciais. A persistência do IPCA acima da meta reforça que, embora a direção seja de melhora, o caminho até a estabilidade ainda é longo.

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