top of page

Hortaliças mais baratas aliviam bolso do consumidor, mas preocupam produtores da região

  • Foto do escritor: Guilherme Almeida
    Guilherme Almeida
  • 15 de ago.
  • 2 min de leitura
Foto: Scott Warman
Foto: Scott Warman

O mês de julho registrou queda expressiva nos preços de algumas das hortaliças mais consumidas em Minas Gerais, segundo levantamento da Emater-MG baseado nas cotações no atacado da Ceasa Minas, em Contagem. Cenoura, batata, cebola, tomate e alface ficaram mais baratas, um alívio para o bolso dos consumidores, mas motivo de preocupação para produtores rurais, que enfrentam dificuldades para manter a rentabilidade. Em Brumadinho e região, onde a agricultura é parte importante da economia, o cenário também influencia diretamente a renda no campo e o custo da alimentação nas feiras e mercados.

De acordo com o coordenador técnico estadual de Olericultura da Emater-MG, Georgeton Soares, a redução de preços é consequência de uma boa oferta, especialmente no caso da cenoura, batata e cebola. A safra de cenoura 2024/25, concentrada em municípios como São Gotardo, tem registrado valores muito abaixo do esperado. Em julho de 2024, o quilo da cenoura custava R$ 2,16 no atacado; no mês passado, o preço caiu para R$ 1,44, queda de cerca de 33%. No comparativo do Cepea, a caixa de 29 kg da cenoura “suja” chegou a R$ 15,25 em abril deste ano, contra R$ 108,00 no mesmo período do ano passado.

A batata também segue no mesmo caminho. De 21 a 25 de julho, a média da variedade ágata especial foi de R$ 37 por saca na capital mineira, queda de 4,6%. No Ceasa Minas, o quilo caiu de R$ 4,93 em julho de 2024 para R$ 1,73 em julho de 2025 — pouco mais de um terço do valor anterior. Para Georgeton, a chegada da safra de inverno deve manter as cotações em baixa pelo menos até setembro.

O mercado da cebola vive situação semelhante, com excesso de oferta e preços em queda. A saca de 20 kg da variedade amarela híbrida foi cotada a R$ 18,92 no fim de julho, retração de 17,8%. O tomate também acompanhou o movimento: a caixa do tipo salada 3A chegou a R$ 81,79 em Belo Horizonte, recuo de 18,21%, impulsionado pela entrada de mais produto das áreas produtoras.

No caso da alface, a queda de preço é atribuída a fatores sazonais. Segundo Georgeton, o consumo de folhosas tende a diminuir no inverno, quando as pessoas preferem pratos quentes, reduzindo a demanda e pressionando as cotações para baixo.

Enquanto consumidores aproveitam para economizar nas compras, produtores buscam estratégias para lidar com o excesso de oferta e a dificuldade em escoar a produção. Em Brumadinho, onde muitos agricultores dependem dessas culturas, o desafio é equilibrar custos e garantir que a queda nos preços não comprometa a sobrevivência no campo.

Comentários


Anuncie Apoio_edited.jpg
Anúncio quadrado - Independente (3).png
Anúncio quadrado - Independente.png
bottom of page