Frankfurt tem protesto contra TÜV Süd e homenagem às vítimas de Brumadinho

Imagens - Portal Independente

Mesmo sob o intenso frio do inverno europeu, Frankfurt, na Alemanha, foi cenário de um ato simbólico em memória dos seis anos do rompimento da barragem em Brumadinho. No último dia 25 de janeiro, ativistas e organizações se reuniram em uma praça central da cidade para denunciar a impunidade da tragédia-crime que tirou a vida de 272 pessoas. A mobilização, organizada por entidades como a ONG Imbradiva, o Comitê Popular de Luta e a ONG KoBra e.V., também chamou a atenção para a responsabilidade da empresa alemã TÜV Süd, envolvida no caso. Durante o evento, manifestantes distribuíram panfletos, seguraram cartazes com frases de impacto e dialogaram com os transeuntes, incluindo um funcionário da própria TÜV Süd que passava pelo local.

Com uma população de aproximadamente 750 mil habitantes, Frankfurt se tornou um elo inesperado com Brumadinho nesta data de lembrança e luta. No centro da manifestação, mensagens expostas em cartazes reforçavam o pedido por justiça e o luto que persiste desde 2019. Entre as frases, destacavam-se: “272 mortes”, “Justiça para Brumadinho”, “Sem impunidade contra a TÜV Süd” e um questionamento direto à empresa certificadora: “Mais segurança, mais valor, mais confiança – para quem?”. Os ativistas reforçaram o papel da empresa alemã no rompimento da barragem, cobrando medidas efetivas de responsabilização e reparação às famílias das vítimas.

A mobilização contou com a participação ativa de Theresa Mentrup, uma cidadã alemã profundamente envolvida com as causas brasileiras. Reconhecida por seu trabalho junto à comunidade afetada pelo rompimento da barragem, ela tem sido uma ponte entre os brumadinhenses e o cenário internacional na busca por justiça. Sua presença no ato reforçou a conexão entre os dois países e o compromisso de manter viva a memória dos que perderam suas vidas na tragédia.

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O protesto não apenas relembrou as vítimas, mas também expôs a indignação com o que muitos consideram um cenário de impunidade. A TÜV Süd, empresa alemã que certificou a estabilidade da barragem da Vale antes do rompimento, continua sendo alvo de críticas e processos judiciais. O episódio trágico segue sem punições definitivas para os responsáveis, o que reforça a necessidade de ações como essa para pressionar por justiça.

Seis anos após o desastre, a dor da tragédia ainda ressoa em Brumadinho e em todo o Brasil. O ato em Frankfurt mostrou que a busca por justiça não tem fronteiras e que a memória das vítimas precisa ser preservada para que crimes como esse nunca mais se repitam.

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