Dia Mundial do AVC: especialistas alertam brumadinhenses para sinais que salvam vidas
- Talles Costa

- 29 de out.
- 2 min de leitura

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame, continua sendo uma das doenças mais letais e incapacitantes do mundo, com uma morte registrada a cada seis segundos, segundo dados do Ministério da Saúde. Para reforçar a importância da prevenção e do atendimento imediato, o Dia Mundial do AVC é lembrado nesta quarta-feira (29), com o tema “Cada minuto conta”, alertando a população de Brumadinho e de todo o Brasil para o reconhecimento rápido dos sintomas.
O AVC acontece quando há entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos no cérebro, interrompendo a circulação e levando à morte de células essenciais para o funcionamento do corpo. O neurologista Fidel Meira, presidente da Sociedade Mineira de Neurologia, destaca que três sinais principais devem ser observados imediatamente: boca torta, fraqueza em um dos lados do corpo e dificuldade para falar. “Qualquer um desses sintomas, principalmente quando surgem de forma súbita, deve ser entendido como AVC e necessita de atendimento imediato”, alerta.
Outros sinais como alterações visuais, falta de coordenação, tontura acentuada e confusão mental também merecem atenção. O médico explica ainda sobre o ataque isquêmico transitório, quando os sintomas surgem e desaparecem rapidamente. “Esse quadro é um alerta grave: significa que o AVC pode ocorrer em seguida.”
O neurologista Philipe Marques, vice-presidente da Sociedade Mineira de Neurologia, reforça a importância de memorizar a sigla SAMU – Sorria, Assovie, Movimente. “Se a pessoa não conseguir sorrir de forma simétrica, assobiar ou levantar os braços, deve ser levada imediatamente para atendimento médico. Cada minuto pode salvar neurônios e reduzir sequelas definitivas.”
Além de ocorrer com mais frequência em idosos, o AVC tem atingido cada vez mais pessoas com menos de 50 anos, principalmente devido ao descontrole de fatores como pressão alta, diabetes, colesterol elevado, obesidade e sedentarismo. Um levantamento feito no Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro apontou que 45% dos pacientes com menos de 50 anos internados por AVC tinham hipertensão.
Existem dois tipos principais da doença:
AVC isquêmico (85% dos casos): provocado por obstrução de uma artéria.
AVC hemorrágico (15% dos casos): causado por rompimento de vaso sanguíneo com sangramento no cérebro — geralmente mais grave.
Para prevenir a doença, os especialistas recomendam controle rigoroso da pressão arterial, glicose e colesterol, além da prática de atividade física, alimentação equilibrada, redução do estresse e abandono do cigarro e do consumo excessivo de álcool.
Em Brumadinho, a orientação é que qualquer suspeita de AVC seja tratada como emergência absoluta, com acionamento imediato do SAMU 192 ou encaminhamento à UPA mais próxima.


















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