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Derrame cerebral mata uma pessoa a cada seis minutos no Brasil

  • Foto do escritor: Moisés Oliveira
    Moisés Oliveira
  • 4 de nov.
  • 3 min de leitura
Ilustração/Equipe Hospital Brasília
Ilustração/Equipe Hospital Brasília

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) mantém-se como uma das principais emergências de saúde pública no Brasil, registrando uma morte a cada seis minutos e meio e consumindo quase R$ 1 bilhão em custos hospitalares apenas nos últimos seis anos. Dados recentes de consultoria especializada em gestão de saúde revelam que, entre 2019 e setembro de 2024, foram contabilizadas 85.839 internações por derrame cerebral no país, com permanência média de quase oito dias por paciente e gastos acumulados de R$ 910,3 milhões. Para a população de Brumadinho, esses números servem como alerta sobre a importância da prevenção e do reconhecimento imediato dos sintomas dessa doença que não escolhe vítimas.

O levantamento demonstra uma tendência preocupante de crescimento tanto no número de casos quanto nos custos associados ao tratamento do AVC. Em 2019, foram registradas 8.380 internações, número que saltou para 21.061 em 2023 - um aumento superior a 150% em apenas quatro anos. Paralelamente, os gastos hospitalares praticamente dobraram no mesmo período, evoluindo de R$ 92,3 milhões em 2019 para R$ 218,8 milhões no ano passado. Apenas em 2024, até setembro, o montante já havia ultrapassado a marca de R$ 197 milhões, indicando que a curva ascendente deve se manter até o final do ano.

A análise das diárias hospitalares revela a gravidade dos casos de AVC no país. Do total de mais de 680 mil diárias registradas no período de seis anos, 25% foram em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), o que demonstra a complexidade e a criticidade do atendimento requerido por muitos pacientes. As diárias em enfermarias corresponderam a 75% do total, com custos de R$ 492,4 milhões, enquanto as diárias em UTI somaram R$ 417,9 milhões. Esses valores não incluem despesas com medicamentos, procedimentos e reabilitação, que elevariam ainda mais o impacto financeiro da doença no sistema de saúde.

O Ministério da Saúde explica que o AVC ocorre quando vasos sanguíneos que irrigam o cérebro sofrem obstrução ou ruptura, interrompendo a circulação na área afetada. A agilidade no diagnóstico e tratamento é fundamental para reduzir sequelas e salvar vidas, sendo crucial que a população de Brumadinho conheça os sinais de alerta. Entre os sintomas que exigem atenção imediata estão confusão mental, alterações na fala e na compreensão, problemas de visão, dor de cabeça súbita e intensa, tonturas, desequilíbrio, fraqueza ou formigamento em um dos lados do corpo.

Os fatores de risco para o AVC incluem condições que podem ser prevenidas ou controladas, como hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, sobrepeso, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, sedentarismo e uso de drogas ilícitas. Idade avançada, histórico familiar e ser do sexo masculino também aumentam a predisposição à doença. Para os brumadinhenses, a adoção de hábitos saudáveis e o controle regular da pressão arterial e dos níveis de glicose e colesterol representam medidas essenciais para reduzir o risco de enfrentar essa condição potencialmente fatal.

O diagnóstico do AVC é realizado principalmente por meio de exames de imagem, com a tomografia computadorizada de crânio sendo o método mais utilizado para avaliação inicial. O tratamento adequado e precoce pode significar a diferença entre a recuperação completa, sequelas permanentes ou o óbito. Diante dos números alarmantes, especialistas reforçam a necessidade de campanhas educativas contínuas e investimentos em estrutura de atendimento emergencial, medidas que beneficiam diretamente cidades como Brumadinho, onde o acesso rápido a serviços de saúde de qualidade pode salvar vidas e reduzir o impacto dessa doença na comunidade.

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