Brumadinho já vê pipas e papagaios colorindo os céus e cresce o alerta para brincadeiras com segurança
- Talles Costa
- 6 de ago.
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Com a chegada dos ventos mais constantes e típicos do mês de agosto, os céus de Brumadinho já começam a ser coloridos pelos primeiros papagaios e pipas. A brincadeira, que atravessa gerações e continua encantando crianças e adolescentes, exige atenção redobrada de pais, responsáveis e dos próprios jovens. Mais do que uma simples diversão, soltar pipa precisa ser uma atividade segura, que respeite regras básicas para evitar acidentes e prejuízos — inclusive tragédias.
Com o início da temporada, moradores já relatam o aumento da presença de crianças empinando pipas em ruas, praças e campos da cidade. No entanto, junto com a beleza dos papagaios dançando no céu, surgem os perigos: linhas cortantes, proximidade de redes elétricas e locais inadequados para a brincadeira são as principais preocupações. Além disso, há o risco de atropelamentos e acidentes com motociclistas, que podem ser gravemente feridos por linhas esticadas com cerol ou linha chilena.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros reforçam que o uso de cerol — mistura de cola com vidro moído — e da linha chilena, ainda mais cortante, é crime e pode resultar em lesões graves e até fatais. Em Brumadinho, como em todo o estado, leis proíbem o uso e a venda desses materiais. Estabelecimentos comerciais flagrados vendendo esse tipo de produto podem ser multados e interditados.
A Cemig também alerta para o risco de soltar pipa próximo da rede elétrica. Pipinhas que se enroscam nos fios e tentativas de retirá-las com objetos metálicos ou haste de bambu são causas frequentes de choques elétricos e interrupções no fornecimento de energia. A orientação é clara: se o papagaio ficar preso em algum fio, nunca tente recuperar — o mais seguro é desistir.
A diversão também precisa de planejamento. Brincar em campos abertos, longe de ruas movimentadas, postes e árvores é o ideal. Os pais devem supervisionar a atividade e conversar com as crianças sobre os riscos envolvidos, incentivando o uso de linhas comuns, sem qualquer material cortante. Para motociclistas, o uso de antenas de proteção se torna essencial durante esse período.
A Polícia Militar está atenta às denúncias de uso de cerol e fazem rondas em pontos críticos. A comunidade também pode colaborar, alertando sobre situações de risco. Brincar com pipas é uma tradição que marca as férias em Brumadinho e faz parte do imaginário da infância. Garantir que essa lembrança seja positiva é uma tarefa coletiva. Com cuidado, diálogo e responsabilidade, a cidade pode ver seus céus ainda mais bonitos — e seguros — nas próximas semanas.
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