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Avanço de infecções por diarreia em Minas exige atenção redobrada com higiene

  • Foto do escritor: Guilherme Almeida
    Guilherme Almeida
  • 29 de jul.
  • 2 min de leitura
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Minas Gerais enfrenta um surto alarmante de doenças diarreicas neste ano de 2025, com mais de 386 mil notificações e 245 mortes registradas apenas nos primeiros sete meses. O avanço da contaminação por água e alimentos impróprios atinge de forma mais severa crianças pequenas e idosos, e coloca em alerta também moradores de Brumadinho, onde relatos de água turva e com odor já vêm sendo feitos há meses por diferentes bairros.

A exposição a microrganismos causadores de infecções intestinais tem crescido principalmente em decorrência da ingestão de produtos mal higienizados ou de procedência duvidosa, além do consumo de água sem o devido tratamento. Entre os sintomas mais comuns estão fezes líquidas ou amolecidas, náuseas, febre, vômito e dores abdominais — sinais que, quando não tratados com rapidez, podem evoluir para quadros graves de desidratação, especialmente entre os mais vulneráveis.

Casos com presença de sangue ou muco nas fezes, conhecidos como disenteria, requerem tratamento médico imediato. De acordo com especialistas, a orientação é buscar atendimento assim que surgirem sinais de desidratação, como boca seca, olhos fundos e recusa de líquidos. Em Brumadinho, moradores de regiões como Tejuco, Parque da Cachoeira, Ponte das Almorreimas, entre outros, já vinham denunciando mudanças na cor, cheiro e gosto da água desde abril, levantando preocupações com a segurança sanitária local.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento gratuito para os casos, incluindo reidratação oral ou intravenosa, conforme a gravidade. Medicamentos como antibióticos só devem ser usados sob prescrição médica, pois são indicados apenas em infecções bacterianas específicas, como cólera ou casos com fezes sanguinolentas.

Outro fator de risco crescente são as Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), provocadas por alimentos ou líquidos contaminados. Em 2024, o Estado já havia registrado 5.823 casos desse tipo de infecção e uma morte, e os números continuam em alta em 2025. Superfícies mal lavadas, mãos sujas, hortaliças sem higienização e utensílios contaminados também funcionam como vetores para o avanço das doenças.

Medidas simples de higiene ainda são a principal forma de prevenção: lavar as mãos frequentemente, ferver ou filtrar a água antes do consumo, armazenar alimentos de forma adequada e evitar itens crus ou suspeitos são algumas das recomendações. Em épocas de calor extremo ou períodos chuvosos, como os enfrentados em Brumadinho nos últimos meses, o cuidado deve ser redobrado, já que as condições favorecem a multiplicação de vírus, bactérias e parasitas.

Diante do número crescente de internações e notificações, a população deve se manter atenta não apenas aos cuidados básicos, mas também às condições da rede de abastecimento e ao preparo dos alimentos em casa e nos estabelecimentos comerciais. A saúde pública segue monitorando os casos e reforça a importância de notificar qualquer surto local às unidades de saúde ou vigilância epidemiológica.

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