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3 anos de retomada: Aldeia Arapowã Kakyá fortalece a luta indígena e a resistência dos Xucuru Kariri

Foto do escritor: Talles CostaTalles Costa
Foto - Cacique Carlos Arapowãnã Xucuru Kariri
Foto - Cacique Carlos Arapowãnã Xucuru Kariri

A Aldeia Arapowã Kakyá, do povo Xucuru Kariri, celebrou no último dia 23 de fevereiro três anos desde sua retomada, em um encontro marcado por rituais, cantos e reafirmação da identidade indígena. A data simboliza um marco de resistência e luta pelo reconhecimento dos territórios tradicionais, reunindo representantes de diferentes povos originários, como os Kaxixó, Kamakã Mongoió, Puri, Pataxó e Pataxó Hahahãe, além de organizações parceiras que atuam na defesa dos direitos indígenas e na preservação das culturas ancestrais.

O evento fortaleceu os laços entre os povos e reforçou a retomada como um ato de resistência histórica, garantindo a continuidade das tradições e a transmissão dos saberes ancestrais. Durante o encontro, danças, rodas de conversa e cerimônias espirituais ecoaram pela aldeia, reafirmando o compromisso de cada comunidade com a proteção de suas terras e modos de vida. As lideranças presentes destacaram a importância da união entre os povos para enfrentar os desafios que persistem, como ameaças a territórios indígenas, desmatamento e dificuldades no acesso a políticas públicas.



As falas das lideranças trouxeram reflexões profundas sobre os desafios diários da população indígena, ressaltando a retomada como uma ferramenta essencial para a reconexão com a terra e a preservação cultural. O momento também contou com a participação de organizações sociais e instituições parceiras, que reforçaram a necessidade de apoio contínuo às comunidades originárias e a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Para além da celebração, o encontro teve um significado político e social, chamando a atenção para a luta dos povos indígenas por seus direitos. A história da Aldeia Arapowã Kakyá reflete o cenário vivido por diversas comunidades pelo Brasil, que enfrentam desafios diários para garantir seu espaço e preservar suas culturas. A retomada não é apenas um ato de resistência, mas uma reafirmação do direito dos povos indígenas à terra e à sua identidade.

Em Brumadinho, onde a presença de comunidades tradicionais é parte da história local, a pauta indígena ganha relevância. A relação com a terra e a luta por territórios tradicionais são questões que também tocam a população do município, especialmente após o rompimento da barragem em 2019, que afetou profundamente comunidades e modos de vida. O fortalecimento das vozes indígenas é um passo importante na construção de um futuro mais equilibrado e respeitoso com os povos originários e suas culturas.

A celebração dos três anos da retomada da Aldeia Arapowã Kakyá é, acima de tudo, um testemunho da força e espiritualidade dos Xucuru Kariri e de todos os povos indígenas que seguem resistindo. Que essa caminhada continue firme, fortalecendo as futuras gerações e garantindo o respeito e a dignidade dos povos originários na busca pelo Bem Viver.

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