Vigilância popular tenta identificar autor de mortes de animais em Brumadinho
- Talles Costa
- 5 de mai.
- 2 min de leitura

Um novo motivo de preocupação tem assombrado os moradores de Brumadinho: a ocorrência sistemática de mortes de animais domésticos, principalmente gatos, por suspeita de envenenamento. Os episódios mais recentes se concentram na área central da cidade, mas não se trata de uma situação inédita. Casos semelhantes já haviam sido registrados em outras regiões do município, sempre com o mesmo padrão de crueldade e covardia.
Segundo relatos compartilhados em redes sociais e grupos de moradores, o autor — ainda não identificado — tem utilizado alimentos como isca para atrair os animais, que ingerem a substância tóxica e, em poucos minutos, apresentam sinais claros de intoxicação, seguidos de morte. O método não apenas tira a vida dos bichos de maneira dolorosa, como também demonstra a premeditação de um ato considerado hediondo por grande parte da população.
A suspeita é de que o envenenamento venha sendo praticado por uma pessoa da própria vizinhança, o que causa ainda mais indignação e insegurança entre os tutores dos animais. Algumas testemunhas levantaram hipóteses com base em observações do comportamento do suposto autor, sugerindo que ele possa ser alguém que mantém pássaros em gaiolas, mas alertam que isso não deve ser tratado como regra.
Moradores afetados pelo possível "matador de animais" afirmam que estão colhendo provas e se organizando para denunciar formalmente às autoridades policiais e ambientais. A esperança é de que a vigilância da própria comunidade ajude a identificar e responsabilizar o autor — e também eventuais cúmplices, como fornecedores da substância utilizada.
A prática de envenenamento de animais é crime previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) e pode resultar em pena de detenção, multa e agravantes em caso de morte. Além da legislação federal, leis estaduais e municipais reforçam a proteção aos animais e preveem ações punitivas e reparadoras.
O apelo da comunidade de Brumadinho é para que qualquer pessoa que presencie atitudes suspeitas denuncie imediatamente à Polícia Militar do Meio Ambiente ou à Delegacia de Polícia Civil. O silêncio, nesse caso, pode custar a vida de mais animais inocentes. A população pede, ainda, uma resposta firme do poder público e maior fiscalização nas áreas mais afetadas.
Enquanto o autor do crime permanece nas sombras, cresce o movimento de proteção animal em Brumadinho, com moradores se unindo para instalar câmeras, monitorar suspeitos e espalhar mensagens de alerta nas ruas e nas redes sociais. A sensação de impunidade pode estar com os dias contados.
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