Durante o Outubro Rosa, a campanha de conscientização sobre o câncer de mama destaca os avanços nos métodos de detecção, com especial atenção à tomossíntese – ou mamografia 3D –, um exame capaz de identificar a doença de forma precoce, mesmo em suas fases iniciais. Em Brumadinho, a divulgação desses exames de diagnóstico e os esforços para facilitar o acesso aos tratamentos são fundamentais para fortalecer a prevenção entre a população feminina. Dados do Ministério da Saúde estimam que o câncer de mama matou cerca de 19 mil mulheres no Brasil em 2022, um número que reforça a necessidade de rastreamento contínuo e de métodos cada vez mais eficazes de diagnóstico.
A tomossíntese é semelhante à mamografia convencional, mas com maior detalhamento, o que permite obter imagens em alta resolução, em fatias de 1 mm, e a partir de diferentes ângulos da mama. Esse avanço tecnológico permite ao exame detectar nódulos muito pequenos, que poderiam não ser captados pela mamografia tradicional, possibilitando a identificação de cristais de células cancerígenas antes da formação de um tumor. Segundo a mastologista e oncologista Maria do Socorro Maciel, do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Oswaldo Cruz, a tomossíntese reduz as taxas de falsos positivos e falsos negativos, um fator essencial para pacientes em casos de risco. “O exame é seguro, eficaz e dura apenas alguns segundos”, pontua a especialista.
As recomendações gerais para o rastreamento do câncer de mama no Brasil são que mulheres entre 45 e 55 anos realizem a mamografia anualmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, a Sociedade Americana de Oncologia aconselha que mulheres acima dos 40 anos também façam o exame, especialmente em casos de histórico familiar de câncer de mama. Nesse contexto, a tomossíntese é indicada para casos mais específicos e apresenta resultados promissores.
Além disso, práticas de vida saudável, como atividade física regular e controle alimentar, são importantes na prevenção da doença. Atividades físicas, segundo Maria do Socorro Maciel, funcionam como um agente anti-inflamatório natural para o corpo, auxiliando na redução dos fatores de risco do câncer de mama.
Por outro lado, exames complementares, como testes genéticos, podem ser indicados para identificar possíveis mutações em pacientes com histórico familiar significativo. A orientação e acompanhamento por um oncogeneticista nesses casos são fundamentais, pois a análise genética, associada a exames como a tomossíntese, contribui para uma prevenção mais precisa e completa.
Neste Outubro Rosa, campanhas em todo o país incentivam o exame regular e o acesso à tomossíntese como métodos que aumentam as chances de tratamento eficaz do câncer de mama e diminuem o índice de mortalidade entre mulheres de diferentes faixas etárias.
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