Um sítio na região quilombola de Rodrigues, próximo a Marinhos, interior de Brumadinho, foi alvo de furto durante uma hospedagem de um grupo de turistas no início de setembro. O local, que depende do aluguel de seu espaço pelo Airbnb para se manter, registrou o roubo de um televisor, um forno a gás para assar frangos, um aparelho de som e aproximadamente R$900 em carnes que seriam utilizadas para o churrasco dos hóspedes. O ocorrido levanta questões sobre a fragilidade da segurança na zona rural de Brumadinho e gera preocupações quanto à viabilidade de futuros investimentos na região.
No último mês de setembro, um grupo de 10 pessoas estava hospedado no sítio e utilizou a área da piscina até cerca de uma da manhã. Na manhã seguinte, ao inspecionar o local, o proprietário constatou o furto dos itens e acionou as autoridades. Apesar de o sítio ser cercado e monitorado por câmeras de segurança com sensor de movimento e visão noturna, o roubo ocorreu sem que nenhum alarme fosse disparado. O acesso ao sítio, cercado por mata, é conhecido apenas por moradores e antigos funcionários da região, o que levantou suspeitas sobre um possível envolvimento de um ex-diarista que trabalhava no local e que, segundo informações, tem antecedentes criminais.
Essa não é a primeira vez que o sítio enfrenta uma situação de insegurança; um episódio semelhante ocorreu há cerca de dois anos, também com características que indicam conhecimento prévio do espaço. O proprietário afirma que, embora a polícia tenha sido informada do ocorrido e das suspeitas, até o momento nenhuma ação efetiva foi tomada para solucionar o caso.
A insegurança na área rural de Brumadinho impacta não só a operação do sítio, mas também a perspectiva de expansão de investimentos na região. Com um vasto potencial cultural e turístico, impulsionado por atrações como o Instituto Inhotim, a área atrai o interesse de projetos culturais. O sítio, por exemplo, está repensando a implantação do projeto "Alto das Artes", uma comunidade artística e cultural planejada para o espaço, devido ao receio de novos episódios de violência. A falta de ações efetivas de segurança pública deixa os empreendedores e moradores da zona rural em uma situação de vulnerabilidade, impactando negativamente a confiança em novos investimentos.
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