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Reajuste salarial de professores estaduais avança, mas servidores públicos mineiros ficam de fora

  • Foto do escritor: Talles Costa
    Talles Costa
  • 7 de mai.
  • 2 min de leitura
Foto: Elizabete Guimarães/ALMG
Foto: Elizabete Guimarães/ALMG

O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) decide nesta quarta-feira (7) o futuro do reajuste salarial de 5,26% para professores da educação básica do estado, em segundo turno de votação. O Projeto de Lei 3.503/2025, que não inclui outras categorias do funcionalismo, segue sem alterações após a rejeição de emendas que ampliariam o benefício. A proposta, aprovada em primeiro turno na semana passada, mantém-se restrita aos educadores, gerando críticas da oposição e servidores públicos, inclusive em cidades como Brumadinho, onde profissionais aguardam recomposição salarial há anos.

Na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, as tentativas de incluir demais carreiras e garantir que nenhum servidor receba abaixo do salário mínimo foram barradas pela base governista. Lideranças como João Magalhães (MDB) e Roberto Andrade (PRD) alinharam-se ao relator Zé Guilherme (PP) para rejeitar as mudanças, enquanto a oposição, representada por Beatriz Cerqueira (PT) e Hely Tarqüínio (PV), argumentou que mais de 62 mil servidores estaduais — incluindo 16 mil professores — recebem menos de R$ 1.518 mensais. A deputada Beatriz destacou que Minas está entre os seis estados que ainda permitem vencimentos inferiores ao piso nacional.

A tensão se estende à segurança pública. O deputado Sargento Rodrigues (PL) anunciou que apresentará uma emenda para corrigir perdas inflacionárias (4,83%) do setor, além de convocar servidores a pressionar o vice-governador Mateus Simões (Novo), pré-candidato em 2026. "O voto é nossa arma contra a covardia deste governo", declarou. Enquanto isso, em Brumadinho, servidores municipais e estaduais acompanham a votação com expectativa. Professores da região, que enfrentam jornadas reduzidas ou salários aviltantes, veem no reajuste uma esperança, ainda que limitada.

O descontentamento reflete um cenário mais amplo: a política de ajustes seletivos do governo Zema, que prioriza setores específicos em meio a orçamentos apertados. Se aprovado, o PL 3.503/2025 seguirá para sanção, mas a oposição promete insistir nas emendas no plenário. Para cidades como Brumadinho, onde educação e segurança são demandas urgentes, o resultado da votação pode definir não só os rumos financeiros de milhares de famílias, mas também o clima político nos próximos meses.

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