Mais de um ano após o trágico acidente na Serra de Igarapé, o motorista do ônibus que transportava torcedores do Corinthians, Cleber Felipe Vicente Martins, tornou-se réu por homicídio culposo. O acidente, ocorrido em 20 de agosto de 2023, resultou na morte de sete pessoas e feriu dezenas de passageiros.
A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra Martins pela prática de homicídio culposo — quando não há intenção de matar — na direção de veículo, por sete vezes. A decisão, assinada em 20 de junho pelo juiz David Miranda Barroso, da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Brumadinho, considerou "suficientes os indícios de autoria" e "a existência, em tese, de crime capitulado na denúncia".
De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil de Minas Gerais, o acidente foi causado por uma falha no sistema de freios do ônibus, atribuída à negligência e imprudência do motorista. Além disso, o veículo apresentava diversas irregularidades, como pneus carecas, peças adaptadas ao sistema de freios e a ausência de tacógrafo. Essas condições contribuíram significativamente para o tombamento do ônibus.
As investigações também revelaram que o ônibus não tinha registro nem autorização para realizar o transporte interestadual de passageiros, tornando a viagem irregular.
O acidente ocorreu quando o ônibus, que havia saído de Belo Horizonte com destino a Taubaté (SP) após um jogo entre Corinthians e Cruzeiro na capital mineira, tombou na Serra de Igarapé na madrugada de 20 de agosto de 2023. No momento do acidente, 43 pessoas estavam a bordo do veículo. Além das sete mortes, dezenas de passageiros ficaram feridos, incluindo o motorista, que foi internado por vários dias e recebeu alta em 7 de setembro.
O caso continua a ser acompanhado pelas autoridades, e a decisão de tornar o motorista réu marca um importante passo no processo judicial em busca de justiça para as vítimas do acidente.
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