Um homem de 39 anos foi preso pela Polícia Militar em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte, suspeito de estuprar e agredir a própria esposa, de 42 anos. O crime, que teria ocorrido ao longo de quase duas décadas, foi denunciado na última quarta-feira (12), quando a vítima conseguiu escapar de casa com os dois filhos e acionar as autoridades. O caso chocou moradores do bairro Silva Prado e reforçou a necessidade de denúncias contra a violência doméstica.
De acordo com o relato da vítima à polícia, o companheiro é usuário de drogas e, desde o nascimento do primeiro filho, a obrigava a manter relações sexuais sob ameaças psicológicas e agressões físicas. A mulher também relatou que, em um dos episódios de violência, foi trancada em um quarto escuro com o cachorro da raça pitbull do marido, sendo mordida diversas vezes pelo animal. Além disso, ela afirmou que o agressor a dopava e mantinha relações sexuais com ela enquanto estava inconsciente, registrando os abusos em vídeos.
Os filhos da mulher corroboraram as denúncias e relataram que também eram ameaçados de morte pelo suspeito, caso a mãe o denunciasse. A polícia chegou ao local e prendeu o homem em flagrante. Durante a abordagem, os agentes apreenderam um pino de cocaína, uma réplica de arma de fogo, pen drives e uma câmera, que podem conter provas dos crimes cometidos contra a vítima.
O caso acendeu um alerta sobre a violência doméstica e sexual em Brumadinho, um problema que ainda persiste em diversas comunidades. Especialistas reforçam a importância da denúncia e do apoio às vítimas para que possam romper com o ciclo de agressões. O município conta com órgãos de atendimento e proteção a mulheres em situação de vulnerabilidade, como o Centro de Referência da Mulher, que oferece suporte psicológico, social e jurídico.
A Polícia Civil assumiu a investigação e busca levantar mais evidências para fundamentar as acusações contra o suspeito. Ele pode responder pelos crimes de estupro, violência doméstica, cárcere privado e posse de drogas. A vítima e os filhos foram encaminhados para receber atendimento especializado e estão sob proteção das autoridades.
O caso reforça a necessidade de mobilização social contra a violência doméstica. Casos como esse podem ser denunciados por meio do telefone 180, canal nacional de atendimento à mulher, ou diretamente à polícia pelo 190. A conscientização e o suporte às vítimas são fundamentais para combater essa realidade que ainda afeta muitas famílias.
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