
A paralisação das atividades da Mineradora Tejucana e a demissão de cerca de 30 funcionários foram temas discutidos da 2ª Reunião Ordinária de 2025, realizada na Câmara Municipal de Brumadinho. O advogado Bruno Leonardo utilizou a tribuna para questionar a situação dos trabalhadores desligados e a ausência de respostas concretas sobre a retomada das operações da empresa, que foi multada em aproximadamente R$390 mil e proibida de atuar no município desde meados de janeiro. Diante do impasse, os vereadores decidiram formar uma comissão para visitar a mineradora após o Carnaval, acompanhados de representantes da Defesa Civil, do Executivo e de uma assessoria técnica ambiental.
O caso gerou debate entre os parlamentares e expôs versões divergentes sobre o problema. Representantes da Tejucana alegam sofrer perseguição política e afirmam que estão sendo impedidos de retomar as atividades. Já a administração municipal argumenta que a mineração envolve riscos ambientais e que a empresa só poderá voltar a operar após cumprir uma série de exigências legais. Segundo o Executivo, a penalidade aplicada à mineradora foi motivada por irregularidades ambientais, e a liberação só ocorrerá quando todas as obrigações forem devidamente atendidas.
Enquanto isso, os trabalhadores desligados continuam sem previsão de retorno. Muitos, que há anos atuam na mineração em Brumadinho, temem pela falta de emprego e pela incerteza sobre o futuro da empresa na região. A formação da comissão parlamentar foi vista como um passo para esclarecer a real situação da Tejucana e entender os próximos passos para uma possível regularização.
O setor mineral tem forte impacto econômico no município e, por isso, o tema desperta atenção tanto da classe política quanto da população. A expectativa é de que, com a visita técnica e um posicionamento mais detalhado das autoridades, a Câmara possa intermediar uma solução para o caso, garantindo a segurança ambiental e os direitos dos trabalhadores afetados.
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