O novo acordo de repactuação pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Região Central de Minas Gerais, deve incluir o pagamento imediato de R$ 30 mil para mais de 300 mil famílias atingidas, além de uma indenização de R$ 95 mil para pescadores. A informação foi anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O acordo, que será firmado entre os governos federal, estaduais e as mineradoras Samarco, Vale e BHP, pode totalizar R$ 167 bilhões, sendo R$ 100 bilhões de novos recursos ainda não quitados. A tragédia de Mariana completa nove anos no próximo dia 5 de novembro.
De acordo com o ministro, a repactuação foi discutida ao longo dos anos com base em três pilares principais: o aumento do valor da reparação, a garantia de gestão independente para assegurar a aplicação correta dos recursos e a ampliação do alcance social dos valores, com destinações para saúde, saneamento, recuperação ambiental e indenizações. O novo acordo também inclui a obrigação de execução da Samarco, estimada em R$ 37 bilhões.
A barragem de Fundão, que rompeu em novembro de 2015, causou o maior desastre ambiental da história do Brasil, com a destruição de comunidades, contaminação de rios e afluentes e a morte de 19 pessoas. O acordo de reparação é discutido há anos entre as autoridades, instituições de Justiça e as mineradoras envolvidas, sendo considerado uma tentativa de minimizar os impactos socioambientais da tragédia que afetou 49 municípios em Minas Gerais e no Espírito Santo.
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