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"Não é não!" Respeito e consentimento são regras básicas para um Carnaval seguro

Foto do escritor: Talles CostaTalles Costa
Foto: Divulgação
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O Carnaval é uma das épocas mais aguardadas do ano, marcada pela alegria, música e confraternização. Para muitos, é sinônimo de festa, encontros e paquera, mas é fundamental compreender os limites do respeito e do consentimento. A animação da folia não pode ser justificativa para atitudes que desrespeitem o outro, e ações invasivas podem ser consideradas crime.

No Brasil, a legislação avançou nos últimos anos para coibir comportamentos abusivos, especialmente em relação à importunação sexual. Desde 2018, o artigo 215-A do Código Penal define esse crime, que inclui desde beijos forçados até toques sem permissão, podendo resultar em pena de um a cinco anos de reclusão. A mudança na lei veio após um aumento significativo de denúncias, especialmente no transporte público, mas se aplica a qualquer situação, incluindo festas de rua e eventos carnavalescos.

O conceito de consentimento é a base para qualquer interação. Qualquer contato físico sem permissão, como puxar pelo braço, passar a mão no corpo de outra pessoa ou tentar roubar um beijo, pode configurar crime. Além disso, a insistência após uma negativa clara não é vista como persistência romântica, mas como desrespeito. Insultar alguém por rejeição também pode ser enquadrado como injúria ou importunação sexual, dependendo do contexto.

Outro ponto essencial é a vulnerabilidade causada pelo consumo excessivo de álcool ou drogas. Se uma pessoa está visivelmente alterada, ela não tem condições de consentir. Insistir em qualquer tipo de contato nesses casos pode caracterizar abuso, sendo passível de punição severa. O mesmo princípio vale para registros de imagens sem autorização. Fotografar ou filmar alguém em situação íntima sem permissão é crime, assim como divulgar esse material sem consentimento.

Para curtir a festa de maneira saudável e segura, é fundamental que todos respeitem os limites uns dos outros. A paquera e as interações sociais são naturais no Carnaval, mas devem sempre ocorrer dentro do respeito mútuo. A evolução da sociedade e das leis reflete um caminho sem volta para garantir que momentos de alegria não se tornem experiências traumáticas.

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