Minha Casa, Minha Vida amplia alcance para famílias de renda até R$12 mil

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A partir da primeira quinzena de maio, o Minha Casa, Minha Vida passará por mudanças significativas que visam atender a um novo perfil de beneficiários. A criação da Faixa 4 ampliará o programa habitacional para famílias com renda mensal entre R$ 8.600 e R$ 12 mil, oferecendo condições diferenciadas de financiamento. Segundo o anúncio, os imóveis financiados nesta faixa terão prazo máximo de 420 meses para pagamento, taxa de juros de 10% ao ano e valor máximo de R$ 500 mil, sem a necessidade de subsídios governamentais, o que exige que o imóvel seja integralmente pago pela família.

A iniciativa, aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, representa uma ampliação do acesso à moradia e a modernização do programa, que já passou por diversas atualizações. Além da nova faixa para a classe média, o governo federal também reajustou os limites das categorias já existentes: a Faixa 1 agora atende famílias com renda de até R$ 2.850 mensais, a Faixa 2 abrange rendas de até R$ 4.700 e a Faixa 3 estende o benefício para famílias com rendimentos de até R$ 8.600 mensais. Essas alterações beneficiam cerca de 100 mil famílias, de acordo com o Ministério das Cidades.

O programa continua sendo o principal instrumento do governo federal para promover a habitação para pessoas de baixa renda e, agora, também para a classe média que não possui acesso a financiamentos adequados. É importante ressaltar que auxílios sociais, como auxílio-doença, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Bolsa Família, não são considerados no cálculo da renda para o enquadramento no programa. Familias beneficiadas por esses auxílios têm direito a imóveis 100% subsidiados, sem prestações a pagar.

Para os moradores de Brumadinho, que têm acompanhado de perto as mudanças e os investimentos do governo federal em habitação, a nova Faixa 4 oferece uma esperança renovada para a realização do sonho da casa própria. A cidade, conhecida por sua forte identidade social e histórico de lutas por direitos, agora vê a oportunidade de ampliar o acesso à moradia para um público que, até então, ficava em uma zona cinzenta dos financiamentos.