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Mais uma joia da tragédia-crime em Brumadinho é encontrada e aguarda identificação

  • Foto do escritor: Talles Costa
    Talles Costa
  • 6 de fev.
  • 2 min de leitura
Foto - O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO
Foto - O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO

Mais um fragmento humano foi encontrado na área devastada pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou a localização de novos restos mortais próximos ao local onde uma pousada foi destruída pela lama, em uma busca que já dura seis anos. A descoberta pode levar à identificação de mais uma vítima da tragédia, reduzindo para dois o número de desaparecidos. O material recolhido foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML), onde será analisado para identificação.

Os bombeiros seguem trabalhando de forma ininterrupta na área do desastre. Atualmente, uma equipe de oito militares se reveza diariamente no processo minucioso de triagem dos rejeitos. O trabalho exige paciência e precisão, já que os fragmentos são peneirados em esteiras especiais na tentativa de encontrar qualquer vestígio que possa ser analisado. Ainda estão desaparecidos Maria de Lourdes, Tiago Tadeu e Natália Porto, cujas famílias seguem na angústia da espera por respostas definitivas.

O rompimento da barragem ocorreu em 25 de janeiro de 2019 e deixou 272 mortos. Seis anos depois, as buscas continuam, mas a Justiça pouco avançou na responsabilização dos envolvidos. Nenhum réu foi julgado até o momento. Em março de 2024, a Justiça arquivou as denúncias contra o ex-presidente da Vale, Fábio Schvartsman, que chegou a ser apontado como um dos responsáveis pela tragédia. As acusações, no entanto, seguem contra outros 15 réus, incluindo executivos da mineradora e da empresa alemã Tüv Süd, responsável pelo laudo de estabilidade da barragem.

O andamento do processo sofreu reviravoltas nos últimos anos. Entre abril e setembro de 2024, as ações penais ficaram suspensas por determinação do ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apenas em setembro a contagem do prazo para a apresentação da defesa dos acusados foi retomada, mas ainda não há previsão para o julgamento dos responsáveis.

A tragédia-crime deixou marcas profundas em Brumadinho. Além das vidas perdidas, a cidade convive com os impactos ambientais e sociais do desastre. Muitas famílias ainda aguardam indenizações e enfrentam dificuldades para reconstruir suas vidas. Para os moradores, o tempo não apaga a dor e a sensação de impunidade só aumenta a indignação. Enquanto os processos se arrastam nos tribunais, os bombeiros seguem incansáveis na tentativa de dar uma resposta às famílias que ainda esperam por um desfecho.

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