
Na manhã desta quinta-feira, 5 de dezembro, uma servidora pública de Brumadinho foi atacada por três cachorros enquanto seguia para o trabalho no povoado Pires. Identificada como S.R.M., que atua como gari e inicia seu turno às 5h, sofreu mordidas ao passar de moto pela Rua Amianto, no centro da cidade. Ela precisou de atendimento médico na UPA e agora clama por providências tanto das autoridades quanto dos proprietários de animais que permanecem soltos em vias públicas.
O ataque gerou indignação na comunidade local, especialmente entre trabalhadores que, como S.R.M., precisam circular pelas ruas no início da manhã ou em horários de menor movimento. Para a servidora, os donos de animais têm a responsabilidade de mantê-los em locais seguros, evitando riscos à integridade física de outras pessoas. “Cachorro bravo é para proteger o quintal, não para circular na rua machucando pessoas”, desabafou.
A vítima ainda ressaltou a importância de os donos serem responsabilizados, destacando que situações como essa trazem prejuízos físicos, emocionais e financeiros. “Hoje, quem vai pagar pelo meu dia de trabalho perdido? O responsável pelo animal deveria ressarcir os danos sem a necessidade de acionar a Justiça, mas sabemos que isso raramente acontece”, afirmou Sueli.
Casos como esse têm sido recorrentes em Brumadinho, especialmente entre trabalhadores de serviços essenciais como garis. Segundo relatos, não é incomum que funcionários da limpeza urbana enfrentem ataques de cães em áreas públicas, muitas vezes animais alimentados e abrigados em espaços improvisados pelas ruas.
O episódio levanta uma discussão urgente sobre a necessidade de medidas de controle e fiscalização para animais soltos no município, reforçando que a proteção dos pets e a segurança da população não devem ser conflitantes, mas complementares. Moradores também têm sido chamados a refletir sobre sua responsabilidade ao deixar cães circularem livremente, especialmente quando esses animais demonstram comportamento agressivo.
A Prefeitura de Brumadinho ainda não se manifestou sobre o ocorrido, mas a comunidade cobra ações concretas para evitar novos incidentes. Enquanto isso, S.R.M. segue em recuperação das lesões e alerta que, se nenhuma providência for tomada, outros trabalhadores podem enfrentar situações similares.
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