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Investigações comprovam uso de assinatura falsificada em desvio de auxílio a vítimas da tragédia-crime

Foto do escritor: Moisés OliveiraMoisés Oliveira
Foto - divulgação

No contexto das investigações sobre desvios de benefícios destinados às vítimas do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a fraude na assinatura de documentos atribuídos à enfermeira Aline Flávia Leite Gonçalves. Conforme laudo pericial emitido pela 5ª Delegacia de Polícia Civil de Brumadinho, o exame grafotécnico revelou divergências significativas entre as assinaturas verdadeiras de Aline e aquelas utilizadas nos documentos de concessão dos benefícios, destinados a ajudar famílias afetadas pela tragédia que matou 272 pessoas em 2019. As informações são do '#Colabora - Jornalismo Sustentável'.

As investigações indicam que a assinatura da enfermeira foi usada sem seu conhecimento para aprovar auxílios emergenciais a pessoas que não tinham qualquer vínculo com Brumadinho, desviando o benefício de seus verdadeiros destinatários. A prática foi descoberta após denúncias feitas pela própria Aline, que começou a notar um padrão suspeito de distribuição de benefícios. Desde então, a enfermeira tem enfrentado desafios e um período de incerteza, incluindo ameaças e pressões, agravadas pela perda de seus pais durante a pandemia e pela necessidade de deixar Brumadinho por segurança.


Foto - Reprodução

Aline detalhou que, ao ser informada sobre a suspeita de fraude, foi convocada a realizar um extenso laudo grafotécnico, que comprovou a falsificação ao identificar discrepâncias estruturais e morfológicas. De acordo com a perita Luciana Penna Resende de Carvalho, as assinaturas analisadas demonstraram uma manipulação seletiva com a possível mistura de assinaturas legítimas com falsificadas, sugerindo um esquema coordenado para evitar detecção.

Hoje, mesmo distante fisicamente de Brumadinho, Aline continua sua busca por justiça e espera que o laudo seja um marco para punir os envolvidos no esquema de fraude. Segundo ela, a prática expõe falhas graves no sistema e um aparente favorecimento de grupos com influência que, de forma ilícita, aproveitam-se da situação de vulnerabilidade da comunidade local. Ela afirma que o caso representa mais do que uma busca pessoal por reparação, mas também uma luta para garantir que as famílias de Brumadinho tenham seus direitos assegurados.

A enfermeira espera que as evidências sirvam para concretizar a responsabilização daqueles que lucraram de forma ilícita com a tragédia, reforçando a importância da justiça para aqueles que perderam entes queridos e para toda a população de Brumadinho.

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