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Inflação prevista para 2025 cai para 4,86%, mas continua acima do teto da meta

  • Foto do escritor: Guilherme Almeida
    Guilherme Almeida
  • 25 de ago.
  • 2 min de leitura
Foto - Franki Chamaki
Foto - Franki Chamaki

O mercado financeiro reduziu novamente a previsão para a inflação oficial do Brasil em 2025, que passou de 4,95% para 4,86%, segundo dados do Boletim Focus divulgados nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central. Essa é a 13ª queda consecutiva na estimativa, refletindo a expectativa de desaceleração nos preços, mas ainda acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%. A revisão impacta diretamente a vida dos brasileiros, inclusive em Brumadinho, onde a alta no custo de vida tem pressionado famílias, comerciantes e produtores rurais que dependem de insumos cada vez mais caros.

O levantamento, que reúne projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos, aponta que a inflação também deve cair nos próximos anos, com estimativas de 4,33% em 2026, 3,97% em 2027 e 3,8% em 2028. Mesmo assim, a projeção para 2025 permanece acima do limite da meta, mantendo a pressão sobre o Banco Central e sua política de juros. Atualmente, a taxa Selic está em 15% ao ano, após sete aumentos consecutivos, e deve permanecer nesse patamar até o fim de 2025, segundo os analistas. A expectativa é que, a partir de 2026, os juros comecem a cair gradualmente, podendo chegar a 10% em 2028.

O impacto dos juros altos é sentido diretamente pelos consumidores e empresários, já que encarece o crédito, restringe o consumo e dificulta novos investimentos. Em contrapartida, a medida busca conter a demanda e segurar a escalada de preços, garantindo maior controle sobre a inflação. Em Brumadinho, comerciantes locais relatam queda nas vendas e maior dificuldade para obter crédito, enquanto famílias reclamam do peso no orçamento com alimentação, energia e transporte.

O Produto Interno Bruto (PIB), indicador que mede o desempenho da economia, também sofreu revisão. A projeção de crescimento para este ano caiu de 2,21% para 2,18%, após ter fechado 2024 com alta de 3,4%. O bom desempenho da agropecuária ajudou a sustentar os resultados do primeiro trimestre de 2025, mas a expectativa é de crescimento mais modesto nos próximos anos: 1,86% em 2026, 1,87% em 2027 e 2% em 2028.

A cotação do dólar é outro ponto de atenção: a previsão é que a moeda norte-americana feche 2025 a R$ 5,59, permanecendo próxima desse valor até 2026. A variação cambial influencia diretamente o preço de insumos, alimentos e combustíveis, gerando reflexos imediatos para cidades como Brumadinho, que dependem do transporte e do comércio regional.

Enquanto o cenário econômico nacional projeta leve alívio na inflação, a população segue em alerta diante da combinação de preços ainda altos, crédito caro e crescimento econômico limitado. Para os brumadinhenses, o desafio continua sendo equilibrar o orçamento familiar em meio às incertezas da economia do país.

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